segunda-feira, março 10, 2025
2ª feira da 1ª semana da Quaresma
O Senhor Deus desceu à nossa condição
e bate-nos à porta na condição de necessitado.
Pede para entrar, pede ao que chama para o enviar,
pede para escutar a sua palavra,
pede para ser nosso alimento,
pede para salvar e libertar, pede para amar!
Ele visita-nos revestido de pobreza, de esfomeado e sedento,
de nu e migrante, de enfermo e preso…
Que resposta lhe damos na pessoa dos irmãos?
Vivemos num mundo de indiferença e autorreferência.
A atitude religiosa está centrada no individuo
e na privatização da fé, fragmentando o amor.
Por isso, aparecem pessoas muitos praticantes,
mas também muito indiferentes e insensíveis aos frágeis.
Aliás, muitas vezes até tomam posições de exclusão
perante os pobres, os migrantes, os doentes e os presos.
Parece que irmãos mesmos só são os ricos,
os que pensam como nós, os que são ordeiros,
os da nossa religião e nação.
Senhor, obrigado porque nos recordas que todos somos irmãos
e que os sacrifícios que vos agradam são os gestos de caridade
que fazemos incondicionalmente aos que necessitam de ajuda.
Liberta-nos do egoísmo e do preconceito
que tornam invisíveis certas pessoas que vivem à margem
e não são ricos nem perfeitos na forma de pensar e de agir.
Dá-nos o dom da compaixão
e do amor sem medida nem hora marcada,
que de todos se compadece e ama como a Ti mesmo.

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