Diálogo Aberto

 

Se não acreditardes que ‘Eu sou’, morrereis nos 

vossos pecados. (cf. Jo 8, 21-30)

 

O Filho de Deus assumiu toda a nossa história.

Ele é o “Eu sou” que desce para nos libertar do pecado.

Mesmo quando O matamos e crucificamos na cruz,

Ele é o “Eu sou”, o bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas.

Viver na fé e acreditar que o crucificado é o Messias,

é olhar para Aquele que matámos e encontrar a nossa salvação.

Jesus é o antídoto para os veneno do mal

que nos ataca de surpresa com promessas de bem e felicidade.

 

Num mundo em mudança, é difícil acreditar em Deus,

o “Eu sou”, Aquele que permanece e continua fonte de vida,

mesmo que não acreditem e até O combatam ativamente.

O “para sempre” assusta e teme-se como rotina enfadonha,

que impede a liberdade de mudança

e o desejo de experiências novas.

Paradoxalmente, perante alguém dependente,

reage-se com resignação e respeito pela diferença

e até se procura conectar com sinais de modernidade!

 

Bendito sejas, nosso salvador, escondido e disfarçado

de pobre que nos bate à porta, de apaixonado que nos procura,

de condenado que nos salva, de fracassado que sai vitorioso da morte.

Perdoa as vezes em que nos deslumbramos e queremos ser

como os heróis de palco virtual de poder e de fama

ou como gestores de fortunas de origem incerta.

Perdoa as vezes em que desejamos ser durões e implacáveis

com os fracos, os diferentes, os lentos e desadaptados.

Ajuda-nos a ser fiéis como o “Eu sou” revelados em Jesus Cristo.