domingo, julho 20, 2025

 

Domingo da 16ª semana do Tempo Comum (20 julho)

 



Maria escolheu a melhor parte. (cf. Lc 10, 38-42)

 

Deus tem lugar para todos nós na sua casa.

Somos suas criaturas, sentidas como seus filhos.

A grande alegria e o grande sonho de Deus,

é ter-nos a todos, unidos na mesma comunhão,

a reconhecer o outro como irmão e a Deus como Pai.

Por isso, Deus é hospitalidade que nos faz sentir em casa.

Jesus fez-se peregrino pobre que nos bate à porta

e pede hospitalidade para nos dar a sua palavra

e a sua salvação em aliança permanente.

 

O egoísmo tornou-nos solitários de porta aferrolhada.

Busca-se a cidade para sentir a multidão,

e acaba-se num apartamento a viver sozinho e anónimo,

desconhecendo os vizinhos com que se cruza no elevador.

O exercício da hospitalidade foi bloqueado,

seja por medo do outro, seja para evitar incómodos.

Esta hospitalidade é redirigida para o virtual e animal,

escancarando a porta às redes sociais, à TV e à publicidade,

tolerando apenas animais de estimação que pode dominar.

Não há lugar para o pobre, seja nacional ou estrangeiro,

não há lugar para o doente, deficiente e idoso!

 

Bendito sejas, Santíssima Trindade, pelo amor que nos tendes,

pois até parece que existis apenas para nos salvar!

Bendito sejas, Filho de Deus, que Te fizeste nosso irmão,

tomando o nosso rosto e vestindo os nossos pés e mãos,

como carpinteiro de pontes e oleiro que recupera vasos quebrados.

Bendito sejas, Espírito Santo, por aceitares a nossa hospitalidade,

morar nessa morada pobre e desarrumada,

para a ires purificando pacientemente

como Marta e Maria na sua casa de Betânia.

Ensina-me a acolher o outro como hóspede divino

e a Ti como Mestre que nos visita para nos trazer a salvação.



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