terça-feira, novembro 18, 2025
3ª feira da 33ª semana do Tempo Comum
Todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». (cf. Lc 19, 1-10)
O Filho de Deus desceu para habitar no meio dos pecadores.
Não para sacralizar o pecado, mas para salvar o pecador.
Entra na casa de Zaqueu para levar a salvação a essa casa
e, pela força da graça e da misericórdia,
despertar a partilha e reparar a injustiça,
como um rio de agua viva que brota do Templo de Deus.
Ainda hoje nos bate à porta para entrar e ficar connosco,
como hóstia sagrada que fortalece a esperança
e palavra viva que acorda a fraternidade e anima a missão.
Todos nos sentimos indignos de ser morada de Deus.
E somo-lo de facto, pois ninguém é merecedor de tal Hóspede.
Na Eucaristia, todos somos indignos de receber Cristo
na morada do nosso coração infiel e instável.
No entanto, a comunhão não é um prémio dos fortes,
mas um presente do Misericordioso, que como a Zaqueu,
diz que quer e deve hospedar-se em nossa casa.
Como qualquer sacrário, de simples madeira ou de ouro,
o que lhe dá valor não é o material de que é feito,
mas o Hóspede que o habita e o faz sublime.
Senhor Jesus, eis-me aqui em busca de Te ver,
pensando que colocando-me em bicos de pés
Te posso conhecer melhor e saciar a minha sede.
Obrigado porque nos mandas descer para Te ver
e acolher na nossa casa para que a salvação entre no coração,
como rebento novo que de Ti quer crescer e dar fruto.
Liberta-nos de todos os pedestais com que tentamos ser maiores:
poder, saber, cargos, marcas, fama, riquezas…
para que tenhas lugar para entrar e permanecer na nossa vida.
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