Diálogo Aberto

 

A necessidade de orar sempre sem desanimar. (cf. Lc 18, 1-8)

 

Deus é palavra que fala e ouvido que escuta

os gemidos silenciosos do aflito

ou os louvores gratos da alegria reconhecida.

Orar é a fé confiante a elevar o olhar para o Céu,

esperar sem desanimar é a esperança amadurecida

a alimentar a oração, aceitando o que vier e quando vier.

Não somos pobres a mendigar graças de um juiz iníquo,

mas filhos ao colo do Pai/Mãe a confiar-lhe a nossa vida

e a vida dos nossos irmãos que têm receio de Lhe falar ao ouvido.

 

Muitas vezes fazemos de Deus uma máquina de caprichos,

que, a troco de umas moedas (orações, velas, promessas),

nos dá o que lhe pedimos, na hora e como queremos.

E se não nos satisfaz os caprichos, voltamo-nos para outros ídolos,

virando-Lhe as costas ostensivamente, deixando de Lhe rezar

e até negando-Lhe a existência ou a utilidade de um Deus assim.

Esquecemo-nos que um pai ou mãe sabem o que é bom para o filho

e se o filho lhe pede algo que lhe poderá ser prejudicial,

não lho vai dar e lhe dará o que for melhor para ele e na altura certa.

 

Querido Pai, nas tuas mãos entrego as minhas aflições

e as angústias dos meus irmãos espalhados pelo mundo.

Louvado sejas pela escuta dos nossos gemidos

e pelo Espírito Santo que nos ensina a rezar e a amar.

Perdoa as nossas impaciências e teimosias,

que temos nas ansiedades das nossas orações.

Não sei o que é melhor para nós,

mas confio no teu coração previdente e providente.

S. Alberto Magno, sábio pastor das coisas de Deus e dos homens,

intercede para que aprendamos a sintonizar

com a vontade de Deus e as necessidades dos irmãos.