terça-feira, setembro 02, 2025

 

3ª feira da 22ª semana do Tempo Comum

 



Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». (cf. Lc 4, 31-37)

 

Jesus é a Palavra de Deus que fala com autoridade.

Manda calar os espíritos impuros que O temem

e envia a proclamar o Evangelho aqueles que escolhe.

Manda calar a maldade e a injustiça

e falar a caridade, a fé e a esperança na vida eterna.

Jesus cala-se desde o nascimento até ao batismo,

no deserto da tentação, perante a mulher adúltera,

no julgamento e paixão, durante três dias de sepulcro…

 

Saber falar e saber calar, o que dizer e o que não dizer,

é uma ciência que dá glória a Deus ou ao demónio.

Há muitos que falam muito sobre Jesus e sobre Deus,

que Jesus gostaria que se calem-se,

e há outros que nada dizem sobre Jesus e sobre Deus

e que Jesus gostaria que O proclamassem Filho de Deus.

Há palavras incoerentes com a vida

e há vidas e gestos que falam mais que as palavras.

 

Senhor Jesus, que és a Palavra silenciosa que fala,

e nos chamas a anunciar-Te como caminho, verdade e vida,

assiste-nos com o teu Espírito, para que falemos bem de Ti.

Jesus, Filho de Deus e nosso salvador,

purifica-nos das influências do espírito do mal,

para que seja o teu Espírito a conduzir-nos.

Espírito Santo, inspira-nos o Evangelho de Cristo,

para que em cada situação o saibamos viver

e anunciar com a fidelidade da fé e do amor

que aprendemos no silêncio da cruz e na mesa da nova aliança.



segunda-feira, setembro 01, 2025

 

2ª feira da 22ª semana do Tempo Comum, Dia Mundial de Oração pela Criação

 



Enviou-me a proclamar o ano da graça do Senhor. (cf. Lc 4 1-6-30)

 

A graça do Deus é fruto do seu amor sem medida.

Proclamar o ano da graça do Senhor

é anunciar a boa nova da sua salvação

e a generosidade da sua misericórdia para com os mais fracos.

Jesus, o Filho de Deus, vem inaugurar o jubileu sem termo,

a aliança eterna no seu sangue, a unção que reconcilia

e a libertação que salva do juízo que merecemos.

Toda a criação anseia por este jubileu de esperança.

 

O Papa Francisco ajudou-nos a tomar consciência

que somos criação de Deus e toda a criação é nossa irmã.

Em tempo de guerras que destroem vidas, ambientes e esperança,

este dia Mundial de Oração pela Criação

convida-nos a rezar pela paz e a reconciliação

que salva e liberta a casa comum do planeta Terra.

As zonas atingidas pela destruição da guerra

anseiam por jardineiros que a cultivem e deem fruto,

para que as crianças que nela brinquem e saltem de alegria.

 

Senhor Jesus, jubileu festivo e gratuito da salvação,

cura-nos, com a tua graça, do pecado que nos adoece.

Espírito Santo, unge-nos com a tua luz,

para que a Palavra de Deus se cumpra em nós, hoje mesmo,

e sejamos arautos da libertação e da purificação desta casa comum.

Espírito Santo, dá-nos o dom da paz

para que a Terra viva sem o sobressalto da destruição ,

a justiça possa crescer em harmonia

e o jardim, sonhado por Deus,

volte de novo a florescer e a dar fruto.



domingo, agosto 31, 2025

 

22ª Domingo do Tempo Comum

 



Quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, 

sobe mais para cima’; (cf. Lc 14, 1.7-14)

 

Deus é quem nos convida para o banquete nupcial.

O seu Filho é o Esposo e nós a sua esposa,

por quem Ele nutre um amor que não somos capazes de retribuir.

Por isso, Ele convida para o seu banquete os pobres pecadores,

os coxos, os aleijados, os cegos, os surdos, os marginalizados.

É Ele que conhece o nosso coração e nos há de julgar;

é Ele que sabe o lugar que merecemos segundo o nosso proceder.

A humildade faz-nos mais modestos, verdadeiros e fraternos.

 

Os olhos dos outros são um fator importante de pressão,

mas o olhar sobre nós ainda é mais cruel.

Uns veem-se como pequenos, sem valor,

sem capacidade de atrair amigos e ficam deprimidos,

isolados, invejosos, paralisados nas suas lamúrias.

Outros, veem-se igualmente pequenos e sem valor,

e vão à luta, procuram sorrir, enfrentar os desafios,

amealhar seguranças em poder e dinheiro,

singrar na carreira profissional, vestir-se bem,

enaltecer-se e procurar sempre ocupar os primeiros lugares.

É a mesma cegueira que nãore conhece a verdade da humildade!

 

Obrigado Senhor, porque nos convidas a subir ao Céu,

nós que nem sabemos viver na terra.

Bendito sejas, Filho de Deus,

que desceste revestido de humildade,

Tu que és o Filho do Altíssimo e Te enamoraste por nós.

Espírito de Sabedoria,

dá-nos o dom de caminhar no húmus da verdade

e de conhecer a ciência da fraternidade,

que serve a vida e oferece o perdão

com a humildade da confiança n’Aquele

que nos salva e há de julgar na eternidade.



sábado, agosto 30, 2025

 

Sábado da 21ª semana do Tempo Comum (30 agosto)

 



Confiou-lhes os seus bens, conforme a capacidade de cada qual; (cf. Mt 25, 14-30)

 

Deus criou tudo o que existe num mistério de autossustentação

e confiou a criação às criaturas, conforme a capacidade de cada um.

Ao ser humano confiou o bem da autoconsciência e da ciência,

com o poder de compreender e transformar a ordem da criação.

Somos jardineiros deste jardim imenso e diverso,

parceiros de Deus que devem administrar a paz e a justiça;

enviados a ser na criação os promotores do progresso,

material e espiritual, nas pequenas coisas do dia a dia,

pois a eternidade semeia-se no instante possível.

 

As alterações climáticas, a poluição dos mares, terra e ar,

o excesso de combustíveis fósseis e gazes com efeito estufa,

as monoculturas e o desflorestamento

estão a quebrar o equilíbrio da autossustentação do planeta.

O ser humano deixou de ser um jardineiro

e passou a ser um predador movido pela pressa do lucro.

O individualismo e o egoísmo fez-nos perder

o sentido do bem comum e de alimentar a esperança dos vindouros.

Perdemos o sentido e a importância das pequenas coisas

que constroem relações justas e saudáveis no presente e no futuro.

 

Senhor, obrigado pela confiança que tendes em nós

ao entregar-nos a administração da criação.

Obrigado Jesus, porque nos chamas a continuar a tua missão,

administrando os dons da tua graça e proclamando a tua Palavra,

mesmo sabendo que nem sempre somos bons servos

e que às vezes somos assaltados pelo medo e pela preguiça.

Espírito Santo, faz de nós aliados de Jesus Cristo,

capazes de empenhar toda a nossa vida em servir a vida

e distribuir com generosidade o Evangelho e a graça divina.


sexta-feira, agosto 29, 2025

 

6ª feira da 21ª semana do Tempo Comum, Martírio de S. João Batista (29 agosto)

 



Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer. (cf. Mc 6, 17-29)

 

Deus fala no silêncio da escuta.

A sua Palavra é suave e acutilante, porque ilumina,

por isso perturba e inquieta, pedindo mudança e conversão.

Só gostar de ouvir, como Herodes,

torna o coração impenetrável e a escuta um passatempo,

facilmente trocável por um juramento emocionado

a uma jovem dançarina perante convidados insensíveis.

 

Há muita Palavra de Deus escrita e proclamada

a circular pelos meios de comunicação e pelas redes sociais,

a ser lida pessoal e comunitariamente em celebrações.

É Palavra que se lê e escuta com prazer,

mas que não deixamos fermentar a vida,

ficando-nos pelo “eu devia fazer isto”!

É Palavra que é semeada em terra pedregosa e pouco profunda,

que não cria raízes e por isso logo murcha e seca.

 

Senhor, obrigado por tanta Palavra semeada na terra,

a tempo e a destempo, em busca dum acolhimento

que a nidifique no coração e a faça conversão e profecia.

Perdoa a forma ligeira e distraída com que Te ouvimos,

picando assim o ponto, sem movermos um centímetro a vida.

S. João Batista, profeta da verdade e da justiça,

reza para que sejamos fiéis ao Deus que nos salva,

por meio do seu Filho Jesus na cruz.

Ajuda-nos a ser fortes na tribulação e perseguição,

para não termos medo de perder a vida para ganhar a verdade.


quinta-feira, agosto 28, 2025

 

5ª feira da 21ª semana do Tempo Comum, S. Agostinho (28 agosto)

 



Quem é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à 

frente da sua casa, para lhe dar o alimento em 

tempo oportuno? (cf. Mt 24, 42-51)

 

O Pai envia-nos o Servo fiel e prudente

que colocou à frente da sua casa, da sua Igreja.

Jesus, servo fiel e prudente, dá-nos o alimento da Palavra

e do seu Corpo no tempo oportuno.

Com a sua morte e ressurreição todo o tempo é oportuno,

todo o tempo é oportunidade de sermos salvos em Jesus.

Jesus quer fazer de cada um de nós servos fieis e prudentes

que dão a cada um o que necessita e na altura oportuna.

Feliz daquele que o Filho do Homem encontrar assim

a servir a Deus e aos irmãos, quando vier em hora incerta!

 

O funcionalismo contaminou o espírito de missão.

Quando há alguém a controlar, faz-se o possível,

mas quando ninguém controla e deve agir por amor e cuidado,

muitos assentam-se na preguiça e no desleixo,

no descuidado do que necessita, focado em si.

O grande problema é que nas coisas de Deus,

o castigo ou o premio aparecem desligados da ação,

e Deus permanece em silêncio,

deixando o juízo para hora incerta.

E alguns pensam: “não agi bem e Deus não me castigou,

por isso, ou Deus não existe ou não castiga nem premia!”

 

Senhor Jesus, servo fiel e prudente, ensina-nos a ser como Tu,

disponíveis para servir com liberdade e alegria.

Espírito Santo, dá-nos o dom da bondade e da justiça,

para que vivamos com servos fiéis e prudentes,

animados pelo amor e pela missão de Jesus

ao serviço da salvação do mundo.

S. Agostinho, pastor e teólogo da graça,

ensina-nos a procurar a mesma Luz que te seduziu,

para que em nós aconteça a mesma conversão que te salvou.


quarta-feira, agosto 27, 2025

 

4ª feira da 21ª semana do Tempo Comum, S. Mónica (27 agosto)

 



Por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade. (cf. Mt 23, 27-32)

 

Deus conhece a verdade que se esconde,

o mais profundo que move a existência.

Deus não usa esse conhecimento para nos condenar,

mas para nos exortar e animar à conversão.

Ele age com a graça e a misericórdia,

iluminando-nos com a sua Palavra,

devido à esperança que O habita.

 

Cada um de nós é um mistério insondável,

o que permite haver o eu mais profundo e verdadeiro

e o eu que se revela nas aparências da vida.

De tal forma isto é possível,

que alguns se especializam em representar

um perfil falso e ideal que não existe.

Tudo serve para tentar esconder o eu mais profundo:

a veste, a palavra, a maquilhagem, o ritualismo…

e até a caridade e a piedade para que outros vejam.

 

Senhor, Tu conheces o meu íntimo e o meu mistério,

ajuda-me a conhece-lo melhor e a não ter medo de o aceitar.

Pela tua misericórdia e bondade,

dá-me coragem para uma verdadeira conversão,

com a humildade de ser frágil

e a alegria de ser amado mesmo pecador.

Espírito Santo, dá-nos o dom do discernimento e da fortaleza,

para que tenha a coragem de descer fundo

e deixar que o purifiques e cures.

S. Mónica, mãe de S. Agostinho, reza também por nós,

para que em nós aconteça a mesma conversão a Jesus.



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