domingo, maio 11, 2025
4º Domingo da Páscoa, Bom Pastor, Dia Mundial de Oração pelas Vocações (11 maio)
As minhas ovelhas escutam a minha voz e elas
seguem-Me.(cf. Jo 10, 27-30)
Jesus vê no Pai o bom e belo Pastor
e deixa-se enamorar por esta forma de amar.
Deus não cria para ser servido e venerado,
mas cria com coração de poeta apaixonado
criaturas à sua imagem e semelhança,
com liberdade, vontade e inteligência.
São ovelhas, cuja proximidade e palavra,
sabe o nome de cada uma e cuida da sua vida.
Jesus, Filho do Pastor eterno, faz como o Pai
cuida das suas ovelhas e dá por elas a vida.
A ciência cria coisas novas como instrumental de serviço.
A industrialização, a digitalização, a astronomia,
a inteligência artificial… são tudo formas de substituir trabalho,
de encurtar distâncias, de facilitar comunicações e cálculos,
e, nos casos da ciência do mal, de matar e destruir com mais facilidade.
E como a relação é meramente instrumental e interesseira,
domina e explora a natureza e gasta até à exaustão as máquinas;
e, quando estas já não produzem, vão para o lixo
e procura-se uma nova máquina mais eficiente.
Felizmente o nosso criador é Pai e artista,
cria por amor e cuida-nos como pastor e médico.
Bom Deus e nosso bondoso Pastor,
obrigado porque nos olhas com amor e como Pai,
e vens ao nosso encontro como amigo e pastor.
É admirável que entre tantas criaturas, no Céu e na terra,
Te interesses por mim, saibas o meu nome
e me tenhas chamado à salvação e a colaborar na tua missão.
Ajuda-me a responder comunhão e intimidade,
com uma profunda identificação com Jesus, teu Filho,
para que eu possa dizer: eu e Jesus somos um só.
Fortalece aqueles que chamas
para que possam responder com fidelidade à sua vocação.
sábado, maio 10, 2025
Sábado da 3ª semana da Páscoa, Semana de Oração pelas Vocações Consagradas (10 agosto)
As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. (cf. Jo 6, 60-69)
Jesus é o Filho de Deus enviado pelo Pai,
que se fez carne pelo Espírito com o sim de Maria.
É este mistério de vida, que morre e ressuscita na cruz,
que somos chamados a acreditar como nossa salvação.
A Bíblia, os sacramentos, a Igreja são realidades
cuja materialidade aponta para um mistério espiritual.
Escutamos o Evangelho, não como quem escuta um livro,
mas como quem escuta Cristo vivo que hoje nos fala,
iluminados pelo Espírito Santo, Senhor que dá a vida.
Na velocidade em que andamos,
tudo é visto, lido e escutado a correr.
Há a leitura em diagonal,
a leitura dos olhos com o pensamento ausente,
a escuta misturada com ruídos e sonhos,
a escuta curiosa, mas sem consentir o mistério da fé,
a escuta interesseira em justificar o próprio interesse…
todas esta escutas passam ao lado do mistério de Deus.
Espírito Santo, envolve-me com a tua luz,
para que este momento seja de encontro com Cristo
e possa entrar no mistério da sua Palavra
com a ajuda da palavra escrita por S. João
no final do 1º século da era cristã.
Senhor Jesus, eu creio que só Tu tens palavras de vida eterna,
mas perdoa as vezes em que me detenho e distraio,
a escutar outras vozes que me iludem com promessas
para viver a glória de um presente sem futuro nem eternidade.
sexta-feira, maio 09, 2025
6ª feira da 3ª semana da Páscoa, Semana de oração pelas Vocações Consagradas (9 maio)
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que
Me come viverá por Mim.
(cf. Jo 6, 52-59)
Jesus vive pelo Pai e alimenta-se da sua vontade.
Não é simples imitação exterior,
mas identificação interior, comungar da mesma visão de vida,
amar o que Ele ama, ter a mesma missão e jeito de fazer.
Os discípulos de Jesus também precisam de se alimentar d’Ele,
comer o seu evangelho, beber os mesmos sentimentos,
assimilar a sua missão e respirar o mesmo Espírito.
É fazer tudo para viver por Cristo, em Cristo e para Cristo.
Ir à missa e comungar é fácil,
comer a vida de Cristo e a sua missão é mais complexo,
não basta cumprir uns ritos e uns mandamentos.
É assimilar Cristo na sua forma de rezar,
na sua relação com todos, na sua entrega pela salvação de todos.
A Eucaristia é apenas um sinal sacramental
do que Jesus quer e que nós devemos procurar.
E embora comunguemos pão ázimo consagrado,
pela fé devemos acolher e viver Jesus todo:
trabalhador, pregador, pobre, manso, humilde, amigo,
compassivo, curador, dador de vida, misericordioso…
Senhor Jesus, ensina-nos a viver o “assim como”
que Tu viveste em relação ao Pai
e queres que nós vivamos em relação a Ti e em Igreja.
Espírito Santo, ajuda-nos a viver cada Eucaristia,
como memória e alimento de Cristo,
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Acompanha o novo Papa Leão XIV,
para que que este anime a Igreja a viver em Missão.
quinta-feira, maio 08, 2025
5ª feira da 3ª semana da Páscoa, Semana de Oração pelas Vocações Consagradas (8 maio)
‘Serão todos instruídos por Deus’. (cf. Jo 6, 44-51)
É Deus que desce para nos ensinar a caminhar
e a entrar no mistério insondável do seu coração
Por meio do seu Espírito, a palavra humana profetiza luz,
propõe aliança, faz-se oração, convida à conversão.
Por meio do seu Espírito, o Filho faz-se carne em Maria
e torna-se Mestre que ensina os simples e pobres de coração,
entregando a sua vida para que todos tenhamos vida.
Por meio do Espírito Santo, o Evangelho de Jesus continua vivo,
a ensinar a amar a Deus e ao irmão, num abraço silencioso.
Há mais tendência para instruir Deus
do que buscar e acolher a instrução de Deus.
Isto acontece na oração de petição,
na ética do trabalho, pessoal e social,
no exame de consciência e na classificação de pecado,
no juízo que fazemos do outro e da Igreja.
O juízo vira opinião e a opinião relativismo interesseiro.
Tudo se conjuga para defender o status quo
e não para acolher e seguir a instrução de Deus.
Senhor Jesus, Tu és a Palavra de Deus que nos instrui,
a vida que desceu do Céu para ser caminho na terra
e nos conduzir à verdade eterna e à salvação verdadeira.
Espírito Santo, guia os nossos passos
e dá-nos a sede de aprender do Eunuco Etíope
para que a nossa fé fique iluminada
e a nossa missão seja a mesma de Cristo.
Ajuda-nos a fazer a pastoral de Filipe,
que corre ao lado em escuta atenta
até que o outro o mande subir para evangelizar.
Guia, Senhor, os cardeais em conclave
para que possam ser fieis interpretes da vontade de Deus.
quarta-feira, maio 07, 2025
4ª feira da 3ª semana da Páscoa, Semana de Oração pelas Vocações Consagradas (7 maio)
Desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me
enviou. (cf. Jo 6, 35-40)
Jesus é o Amén ao Pai na sua missão redentora.
Ele foi enviado para levar a misericórdia do Pai
a todos os que andam perdidos à procura da eternidade feliz.
Ele veio para fazer a vontade do Pai e fá-la,
por isso, Ele é o Pão da vida e a Palavra da graça;
Ele é o coração do Pai, que purifica e que salva.
E assim o Filho torna-se Pai,
em cujas entranhas as criaturas são sentidas como filhos.
O tempo que respiramos é de autonomia e rebeldia,
não de obediência e de fidelidade.
Os cristãos também bebem desta cultura individualista
e aceitam da Igreja o que lhes interessa e é visível,
mas praticam outros valores no oculto da sua vida privada.
O mesmo pode acontecer aos que se consagram ao Senhor
e professam o voto de obediência, castidade e pobreza.
O voto é feito de forma solene, mas a vida vai-se vivendo,
imitando mais a cultura de hoje do que seguindo a Cristo.
Por isso, a missão, como testemunho e anúncio de Cristo,
é, quando muito, reduzido a uns eventos esporádicos,
e não um espelho vivo de Cristo a viver em nós.
Senhor Jesus, obrigado por seres uma porta aberta do Céu,
um testemunho vivo do coração do Pai,
uma expressão permanente da vontade salvífica de Deus..
Espírito Santo, ajuda-nos a ser como Jesus, livres para confiar,
disponíveis para obedecer e fazer a vontade do Pai,
ardendo de amor por todos, de modo especial os pecadores.
Senhor, ajuda os consagrados a viverem o voto de obediência,
em espírito e verdade, com sentido de missão e abertura à conversão.
terça-feira, maio 06, 2025
3ª feira da 3ª semana da Páscoa, Semana de Oração pelas Vocações Consagradas (6 maio)
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a
vida ao mundo. (cf. Jo 6, 30-35)
Jesus é o alimento divino que desce do Céu
para dar a vida ao mundo, pela graça e misericórdia.
Ele é o novo Maná que o Pai nos dá,
para saciar a nossa fome de Deus e de felicidade.
Nem só de pão vive o homem,
mas para muitos parece que vivemos
e trabalhamos só para comer e para fruir.
O grande desafio da vida é descobrir as sandálias
que nos conduzem à paz e à felicidade, livre para amar.
Quando buscamos um lugar longínquo e paradisíaco de férias,
não andaremos à procura de saciar a nossa fome de felicidade?
Quando nos maquilhamos e vestimos de juventude e beleza,
não andaremos à procura de saciar a nossa sede de fama
e de sucesso na amizade e no amor?
Quando trabalhamos duro para conseguir um bom emprego
ou um lugar de poder, não andaremos em busca da fonte
que nos sacia a fome de concretizar sonhos de grandeza e imortalidade?
Às vezes parece-nos pouco beber da paz da oração,
ou comer uma palavra antiga e em linguagem poética.
Senhor, há dentro de mim uma ânsia de infinito e de eternidade,
que busca um manancial de paz e de felicidade,
mas como o peixe escorregadio nos escapa,
quando pensamos já o ter alcançado e agarrado.
É bom saber que és o Pão descido do Céu que busco,
mas é triste constatar que a forma frágil e quotidiana
com que Te apresentas, me leva a descurar e a perder
a oportunidade de Te saborear e fortalecer em mim o seguimento.
Ajuda-nos a aprofundar em cada Eucaristia
este assimilar da filiação divina que nos oferece.
segunda-feira, maio 05, 2025
2ª feira da 3ª semana da Páscoa (5 maio)
Foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. (cf. Jo 6, 22-29)
Jesus é o Pão vivo que desceu do Céu
para dar a vida ao mundo e saciar a busca de Deus.
Tudo na vida é dom de Deus misturado com trabalho humano,
mas nem sempre equacionamos acertadamente as prioridades.
Procurar apenas o alimento do corpo e o bem estar
é pouco para quem tem alma a desejar eternidade
e sentido para a vida que se descobre em movimento.
A fé em Jesus é descobrir n’Ele o caminho
que nos conduz à verdade do amor e ao Deus da vida.
O que nos faz procurar Deus e ser religioso?
A simples tradição cultural e pressão da família?
O medo da condenação ao inferno ou do destino?
A procura de um aliado espiritual forte?
A busca de um refúgio perante a complexidade da vida?
A busca de um trampolim para subir na vida,
porque embora se faça o voto de pobreza,
há a hipótese de ter de tudo o que se precisa?
A pastoral vocacional tem aqui um discernimento grande a fazer.
Bom Jesus, ando à procura de Ti, Senhor,
com o coração cheio de sentimentos misturados,
umas vezes buscando segurança, outras um aliado forte,
outras o mistério que dá rumo e sentido à minha vida.
Espírito Santo, conduz os meus passos nesta busca
e purifica as minhas motivações primárias,
para que a minha consagração possa dar frutos
de seguimento e de missão, que deem glória ao teu Nome.
Ensina-nos a fazer uma pastoral vocacional
que leve a amar Jesus e por Ele estar dispostos
a tudo deixar como lixo e a dar a vida com alegria.