sábado, outubro 20, 2007

 

DIA MUNDIAL DAS MISSÕES: Mensagem de Bento XVI


"Todas as Igrejas para o mundo inteiro": é este o tema escolhido para o próximo Dia Missionário Mundial. Ele convida as Igrejas locais de cada Continente a uma partilhada consciência sobre a urgente necessidade de relançar a acção missionária perante os numerosos e graves desafios do nosso tempo.

Perante o progredir da cultura secularizada, que por vezes parece invadir cada vez mais as sociedades ocidentais, considerando além disso a crise da família, a diminuição das vocações e o progressivo envelhecimento do clero, estas Igrejas correm o risco de se fecharem em si mesmas, de olhar com pouca esperança para o futuro e de diminuir o seu esforço missionário. Mas é precisamente este o momento de se abrirem com confiança à Providência de Deus, que jamais abandona o seu povo e que, com o poder do Espírito Santo, o guia para o cumprimento do seu desígnio eterno de salvação.

O Bom Pastor convida a dedicarem-se generosamente à missão “ad gentes” também as Igrejas de recente evangelização.

Assiste-se, desta forma, a um providencial "intercâmbio de dons", que redunda em benefício para todo o Corpo místico de Cristo.

A cinquenta anos do histórico apelo do meu predecessor Pio XII, com a Encíclica “Fidei Donum”, para uma cooperação entre as Igrejas ao serviço da missão, gostaria de recordar que o anúncio do Evangelho continua a revestir as características da actualidade e da urgência.

O compromisso missionário permanece portanto, como foi várias vezes recordado, o primeiro serviço que a Igreja deve à humanidade de hoje, para orientar e evangelizar as transformações culturais, sociais e éticas; para oferecer a salvação de Cristo ao homem do nosso tempo, em tantas partes do mundo humilhado e oprimido por causa de pobrezas endémicas, de violência e de negação sistemática dos direitos humanos.

Peçamos a Deus que o seu exemplo suscite em toda a parte novas vocações e uma renovada consciência missionária no povo cristão. De facto, cada comunidade cristã nasce missionária, e é precisamente com base na coragem de evangelizar que se mede o amor dos crentes para com o Senhor.

Esta co-responsabilidade exige que cresça a comunhão entre as comunidades e se incremente a ajuda recíproca no que diz respeito quer ao pessoal (sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos voluntários) quer ao uso dos meios hoje necessários para evangelizar.

Contudo não esqueçamos que o primeiro e prioritário contributo, que somos chamados a oferecer à acção missionária da Igreja, é a oração. (...) É preciso que todas as comunidades elevem a sua oração ao "Pai nosso que está no céu", para que venha o seu reino à terra.

Que a Virgem Maria, que acompanhou com solicitude materna o caminho da Igreja nascente, guie os nossos passos também nesta nossa época e nos obtenha um novo Pentecostes de amor. Em particular, que Ela, nos torne conscientes de que todos somos missionários, isto é, enviados pelo Senhor a ser suas testemunhas em todos os momentos da nossa existência.

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