domingo, outubro 14, 2007
Enfrentar o problema da pobreza atacando suas raízes estruturais
NOVA IORQUE, sexta-feira, 12 de Outubro de 2007 (ZENIT.org).
- Extirpar a pobreza é um compromisso moral, afirmou o arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, essa terça-feira, em Nova Iorque.
O prelado tomou a palavra perante a terceira comissão da 62ª sessão da Assembleia Geral, recordando que na reunião mundial para o Desenvolvimento Social de 1995, em Copenhaga, os estados membros das Nações Unidas afirmaram «a necessidade de enfrentar o problema da pobreza atacando suas raízes estruturais».
Naquela ocasião, acrescentou, «decidiram incorporar a suas políticas nacionais como elemento essencial uma meta de redução da desigualdade e das diversas formas de marginalização, e de alcançar a plena integração social.
O debate internacional que se seguiu à reunião concentrou-se na luta global para extirpar a extrema pobreza, apontando a conquista dos Objectivos do Milénio e enfrentando problemas como a dívida externa, o governo das finanças mundiais e as emergências que provocam o agravamento da pobreza, como guerras, corrupção, tráfico de entorpecentes e de seres humanos.
Segundo o arcebispo, é também importante sublinhar que as políticas económicas não podem ser separadas das políticas sociais, porque, em caso contrário, nem a uma nem a outra conseguirão alcançar os respectivos objectivos.
Nos últimos 12 anos, observou, «tem havido uma clara tendência ao aumento da desigualdade entre ricos e pobres, entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, e entre nações».
Ademais, têm surgido novas formas de pobreza, tanto nos países ricos como nos pobres, junto àquelas mais tradicionais, caracterizadas principalmente por amplas diferenças de rendimentos.
«O fim da pobreza e o pleno desfrute dos direitos sociais de base, por parte de todos os indivíduos e de seus familiares, é fundamentalmente um compromisso moral», acrescentou. Portanto, «devem ser objectivos de todas as políticas económicas e de desenvolvimento, e ser a medida de seu êxito ou fracasso», concluiu.
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