domingo, fevereiro 03, 2008
AMOR CONSEQUENTE
Ó Senhor da compaixão,
Afina o meu coração,
Para, ouvir distintamente,
Com os ouvidos da alma,
A voz do amor que chama
E me envia a defender
O empobrecido e o doente,
Devolvendo a dignidade
Com que olhas toda a gente,
Pai de infinita bondade.
Quando a indignação dói fundo
Atingindo a própria alma
Que reage ao mal do mundo
Distante e à minha volta,
Onde há irmãos a sofrer
Por falta de humanidade,
Parece que a dor me sufoca,
Ao descobrir-me impotente
E incapaz de lhes valer.
Mas, pondo os olhos em Ti
Que deste a vida por nós,
Sinto, então, como o profeta,
Vontade de erguer a voz,
Lançando gritos de alerta,
De modo a acordar quem dorme,
Tranquilo e sossegado,
Porque cego e indiferente
Ao que se passa a seu lado.
Só contigo, bom Senhor,
Compassivo e clemente,
Quero em verdade aprender
A orar, com muita fé,
E a agir como quem sente
Que a fé exige que eu viva
Um amor consequente,
Até ser dignificado
O irmão pobre e doente.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa,02.02.08 ( Dia do Consagrado)
Afina o meu coração,
Para, ouvir distintamente,
Com os ouvidos da alma,
A voz do amor que chama
E me envia a defender
O empobrecido e o doente,
Devolvendo a dignidade
Com que olhas toda a gente,
Pai de infinita bondade.
Quando a indignação dói fundo
Atingindo a própria alma
Que reage ao mal do mundo
Distante e à minha volta,
Onde há irmãos a sofrer
Por falta de humanidade,
Parece que a dor me sufoca,
Ao descobrir-me impotente
E incapaz de lhes valer.
Mas, pondo os olhos em Ti
Que deste a vida por nós,
Sinto, então, como o profeta,
Vontade de erguer a voz,
Lançando gritos de alerta,
De modo a acordar quem dorme,
Tranquilo e sossegado,
Porque cego e indiferente
Ao que se passa a seu lado.
Só contigo, bom Senhor,
Compassivo e clemente,
Quero em verdade aprender
A orar, com muita fé,
E a agir como quem sente
Que a fé exige que eu viva
Um amor consequente,
Até ser dignificado
O irmão pobre e doente.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa,02.02.08 ( Dia do Consagrado)
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