quarta-feira, outubro 08, 2008
Apoio aos cristãos perseguidos na Índia
ROMA, terça-feira, 7 de Outubro de 2008 (ZENIT.org).- Os cristãos «devem compartilhar de alguma maneira a vida e o destino destes irmãos perseguidos na Índia, rezando, ajudando, mas também falando»: assim afirmou o sacerdote italiano Bernardo Cervellera, diretor da agência AsiaNews, especializada em informação católica da Ásia e uma das que mais está contribuindo para dar a conhecer no Ocidente a situação dos cristãos na Índia.
Em declarações à Rádio Vaticano, Cervellera afirma que a situação na Índia hoje é «trágica», pois «continuam os assassinatos das pessoas que resistem a converter-se ao hinduísmo».
«Há cerca de 30 mil pessoas refugiadas na selva, sem comida nem medicamentos. E nos campos de refugiados do governo, continuam os ataques dos radicais hindus. Portanto, a situação é verdadeiramente muito trágica», afirma.
Também, em referência a uma informação publicada por Asianews, Cervellera assegura que há «uma ironia malvada em tudo isso, já que os radicais hindus começaram este pogrom contra os cristãos após responsabilizar-lhes do assassinato de um líder seu».
Precisamente nestes dias foi divulgada a reivindicação do assassinato por parte de um grupo maoísta. «Portanto, esta carnificina, este sacrifício, é totalmente injusto», acrescenta.
Por outro lado, Cervellera assegura que a passividade das autoridades locais e nacionais indianas «se deve à proximidade das eleições e, portanto, não querem perder os votos do mundo hindu». Também «existe sobretudo uma indiferença por parte do resto da comunidade internacional, do Ocidente em particular».
«O problema é que, com frequência, a violência contra os cristãos, a liberdade religiosa e a vida dos cristãos são consideradas como algo muito secundário com relação ao mercado ou à política. Na realidade, como já se está eliminando Deus do Ocidente, não importa muito que estas comunidades religiosas sejam massacradas.»
Para Cervellera, contudo, «é necessário defender a liberdade religiosa, que é a prova de todos os demais direitos humanos. Se não há liberdade religiosa, antes ou depois não haverá liberdade de mercado, nem de comércio, nem fraternidade nem solidariedade no mundo, um mundo no qual hoje, com esta crise internacional, temos tanta necessidade disso».
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