sábado, janeiro 10, 2009
Ele deve crescer e eu diminuir!
«Esta é a minha alegria! E tornou-se completa!»
Cristo nasceu, Deus por Seu Pai, homem por Sua mãe; Ele nasceu da imortalidade de Seu Pai e da virgindade de Sua mãe. De Seu Pai, sem a participação de uma mãe; de Sua mãe, sem a de um pai. De Seu Pai, sem o tempo ; de Sua mãe, sem a semente. De Seu Pai, Ele é princípio de vida; de Sua mãe, o fim da morte. De Seu Pai, nasceu para reger a ordem dos dias; de Sua mãe, para consagrar este dia.
À Sua frente enviou João Baptista, que fez nascer quando os dias começam a diminuir, tendo Ele próprio nascido quando os dias começam a aumentar, prefigurando deste modo as palavras desse mesmo João: «Ele é que deve crescer e eu diminuir». De facto, a vida humana deve enfraquecer em si mesma e aumentar em Jesus Cristo, «para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que neles morreu e ressuscitou» (2Cor 5, 15). E para que todos nós possamos repetir estas palavras do Apóstolo Paulo: «Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20).
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja Sermão 194, 11º sermão para a Natividade do Senhor (trad. col. Icthus, t. 8, p. 98 rev.)
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