quarta-feira, junho 24, 2009
JUBILEU: 25 ANOS DE SACERDÓCIO
“O Senhor é meu Pastor, nada me falta” (Sl 23,1)
Foi ontem, há 25 anos, que em Fátima, o então bispo local, D. Cosme de Amaral, ordenou dois sacerdotes: eu e o P. José Antunes. Foi no dia 6 de Maio de 1984, domingo do Bom Pastor e das vocações consagradas.
Foi o culminar de um processo de 16 anos de procura e discernimento vocacional. Hoje, penso não me ter enganado na resposta à questão fundamental da minha vida: Senhor que queres de mim? Ele quer que a seja sacerdote missionário do Verbo Divino.
Foram anos felizes e intensos, carregados de surpresas e de graças, de dores e alegrias, de entrega e de procura. Dou graças ao Senhor porque confiou em mim, barro frágil e pecador, o tesouro e a riqueza de ser embaixador da Boa Nova dum Deus que nos ama ao ponto de dar a vida por nós.
“Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim.” (Mc 1,38)
Esta foi a frase evangélica que escolhi para a lembrança da minha Missa Nova e que marcou toda a minha vida missionária. Louvo ao Senhor porque me chamou a ser cidadão do mundo. Ao longo destes 25 anos pude fazer a experiência da verdade da promessa do Senhor: “Quem deixar tudo por minha causa... receberá cem vezes mais” (Mc 10,29-30) Quantas mães, pais e irmãos recebi como dom nos quatro anos de missão em Angola, nos dois anos e meio no Brasil e em todas os lugares que tenho trabalhado em Portugal! Cada vez que aceitei o desafio de partir, senti o temor do desconhecido e depois a alegria de poder nascer de novo no acolhimento fraterno que me esperava.
Neste quarto de século já fiz muitas coisas e assumi diversas funções que me enriqueceram pessoalmente e me ajudaram a conhecer muita gente boa. Fui administrador, professor, electricista, mecânico, estudante, formador, provincial... mas o que tem estruturado a minha vida é ser sacerdote missionário do Verbo Divino. Por isso, posso ter muito que fazer, mas se surge alguém que precisa de ser escutado e perdoado, necessita de uma palavra de ânimo ou orientação espiritual, essa é a prioridade das prioridades. Tudo o resto pode esperar porque foi para isso que o Senhor me chamou.
Aprendi que para que não se viva uma vida fragmentada, ao sabor das necessidades do momento, é fundamental não perder a ligação Aquele que nos chamou pelo nosso nome: Deus. A oração, a escuta da Palavra e a Eucaristia têm sido estruturantes. Sem elas não passaria de um funcionário do sagrado ou de um empregado que reside no convento.
“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos” (Mc 10,45)
Já passaram 25 anos e ainda não passo de um aprendiz de sacerdote. A experiência diz-me que sou chamado a ser padre = pai de todos os que se sentem sós, perdidos, desanimados, tristes e sem esperança. Foram muitas as pessoas que passaram pela minha vida e cruzaram a sua história de salvação com a minha. Perante tanto sofrimento, chorado em silêncio, muitas vezes me senti impotente e supliquei baixinho: Senhor, ajuda-me a ajudar!
Foram 25 anos a consagrar o Senhor Jesus que renova a sua Aliança pela salvação do mundo. Grande é este Mistério! Sou indigno de O celebrar e comungar, no entanto, Ele diz-me em cada Eucaristia: “Tomai e comei, este é o meu corpo entregue por vós”. Isto de ser ministro da Misericórdia-sem-limites é uma graça e um aguilhão permanente no coração míope e caprichoso que alimenta a minha vida. Louvo ao Senhor pelo sorriso e alegria de viver. É bom servir e ser feliz!
Tenho pena de não ser CRISTO
Pois é isso que quero SER.
Corro, pois só correndo
Posso ser alcançado por Cristo
e VIVER!
José Augusto, svd
Foi ontem, há 25 anos, que em Fátima, o então bispo local, D. Cosme de Amaral, ordenou dois sacerdotes: eu e o P. José Antunes. Foi no dia 6 de Maio de 1984, domingo do Bom Pastor e das vocações consagradas.
Foi o culminar de um processo de 16 anos de procura e discernimento vocacional. Hoje, penso não me ter enganado na resposta à questão fundamental da minha vida: Senhor que queres de mim? Ele quer que a seja sacerdote missionário do Verbo Divino.
Foram anos felizes e intensos, carregados de surpresas e de graças, de dores e alegrias, de entrega e de procura. Dou graças ao Senhor porque confiou em mim, barro frágil e pecador, o tesouro e a riqueza de ser embaixador da Boa Nova dum Deus que nos ama ao ponto de dar a vida por nós.
“Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim.” (Mc 1,38)
Esta foi a frase evangélica que escolhi para a lembrança da minha Missa Nova e que marcou toda a minha vida missionária. Louvo ao Senhor porque me chamou a ser cidadão do mundo. Ao longo destes 25 anos pude fazer a experiência da verdade da promessa do Senhor: “Quem deixar tudo por minha causa... receberá cem vezes mais” (Mc 10,29-30) Quantas mães, pais e irmãos recebi como dom nos quatro anos de missão em Angola, nos dois anos e meio no Brasil e em todas os lugares que tenho trabalhado em Portugal! Cada vez que aceitei o desafio de partir, senti o temor do desconhecido e depois a alegria de poder nascer de novo no acolhimento fraterno que me esperava.
Neste quarto de século já fiz muitas coisas e assumi diversas funções que me enriqueceram pessoalmente e me ajudaram a conhecer muita gente boa. Fui administrador, professor, electricista, mecânico, estudante, formador, provincial... mas o que tem estruturado a minha vida é ser sacerdote missionário do Verbo Divino. Por isso, posso ter muito que fazer, mas se surge alguém que precisa de ser escutado e perdoado, necessita de uma palavra de ânimo ou orientação espiritual, essa é a prioridade das prioridades. Tudo o resto pode esperar porque foi para isso que o Senhor me chamou.
Aprendi que para que não se viva uma vida fragmentada, ao sabor das necessidades do momento, é fundamental não perder a ligação Aquele que nos chamou pelo nosso nome: Deus. A oração, a escuta da Palavra e a Eucaristia têm sido estruturantes. Sem elas não passaria de um funcionário do sagrado ou de um empregado que reside no convento.
“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos” (Mc 10,45)
Já passaram 25 anos e ainda não passo de um aprendiz de sacerdote. A experiência diz-me que sou chamado a ser padre = pai de todos os que se sentem sós, perdidos, desanimados, tristes e sem esperança. Foram muitas as pessoas que passaram pela minha vida e cruzaram a sua história de salvação com a minha. Perante tanto sofrimento, chorado em silêncio, muitas vezes me senti impotente e supliquei baixinho: Senhor, ajuda-me a ajudar!
Foram 25 anos a consagrar o Senhor Jesus que renova a sua Aliança pela salvação do mundo. Grande é este Mistério! Sou indigno de O celebrar e comungar, no entanto, Ele diz-me em cada Eucaristia: “Tomai e comei, este é o meu corpo entregue por vós”. Isto de ser ministro da Misericórdia-sem-limites é uma graça e um aguilhão permanente no coração míope e caprichoso que alimenta a minha vida. Louvo ao Senhor pelo sorriso e alegria de viver. É bom servir e ser feliz!
Tenho pena de não ser CRISTO
Pois é isso que quero SER.
Corro, pois só correndo
Posso ser alcançado por Cristo
e VIVER!
José Augusto, svd
Comments:
<< Home
Querido Padre José Augusto,
Que texto tocante, sincero, marcante! Adorei ler tudo isto que você escreve.
Parabéns, Meu Amigo!
Sem dúvida alguma, você faz a diferença, Padre José Augusto!
Desejo que saiba da sua importância para mim desde que o conheci em 2000. Gosto demais de si!
Fique com o meu abraço bem forte e um beijão da sua amiga aqui de São Paulo, Brasil.
Que texto tocante, sincero, marcante! Adorei ler tudo isto que você escreve.
Parabéns, Meu Amigo!
Sem dúvida alguma, você faz a diferença, Padre José Augusto!
Desejo que saiba da sua importância para mim desde que o conheci em 2000. Gosto demais de si!
Fique com o meu abraço bem forte e um beijão da sua amiga aqui de São Paulo, Brasil.
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