domingo, março 21, 2010

 

Asas brancas



Dá-me, Senhor, asas brancas,
Tão brancas como a açucena
Ou como os lírios do campo,
Para, com elas, voar,
Atraída pelo encanto
Dessa Luz sempre a brilhar,
Que, ao beijar a natureza,
Faz realçar a beleza
Impressa na Criação
Que inspira qualquer poeta
E convida à oração
Quem tem olhos para ver
As maravilhas sem fim
Que reflectem a Bondade
E o Amor de Deus por mim.

Dá-me, Senhor, asas brancas,
Que se elevem para Ti,
Noite e dia sem cessar,
Num gesto de fé e vida,
Para tudo Te ofertar,
Porque tudo de Ti vem,
Ó Deus da Paz e do Bem,
E a Ti deve voltar.

Dá-me, Senhor, asas brancas,
Que, sob o impulso do Espírito,
Mergulhem no infinito,
Afastando toda a nuvem,
Para que o Sol apareça
E a primavera aconteça,
A toda a hora e momento,
Na alma e no pensamento.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 21.03.2010- Dia da Primavera e da Poesia

Comments:
És tu a Primavera que eu esperava,
A vida multiplicada e brilhante,
Em que é pleno e perfeito cada instante!

Sophia de Mello Breyner Andresen

Querido Padre José Augusto,

Sophia, a grande poetisa portuguêsa, faz esta linda saudação à Primavera que gosto de partilhar convosco.

Receba meu forte abraço brasileiro, onde cá iniciamos o Outono.(Como são intrigantes esses mistérios hemisferiais...)
 

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