quinta-feira, setembro 30, 2010
Afina o meu ser, Senhor!
Se os meus ouvidos não ouvem
Nem o meu coração sente
O grito de tanta gente
Excluída e indigente,
Como se não fossem filhos
De Deus Pai, Justo e Clemente,
Afina o meu ser, Senhor,
Pelo teu Diapasão
Que é de Justiça e Amor,
Piedade e Compaixão,
Para eu defender sempre
A vida do meu irmão
E a biodiversidade,
Berço de paz e harmonia
Para toda a humanidade
Que abraça no diferente
O apelo à Fraternidade,
Pela comunhão no Amor,
Em espírito e verdade.
Ao ouvir tua Palavra
Que me aquece por dentro
E ilumina o pensamento,
Sinto-Te vivo e presente,
Ó Deus terno e compassivo,
Porque atento a toda a dor
Do fraco e do oprimido,
Que até Te fizeste irmão,
Em Jesus, por puro Amor,
Para a todos libertar
E abrir, de par em par,
As portas da Salvação.
Tua Palavra de vida,
Meditada e assumida,
Me desperte para a urgência
De lutar contra a pobreza,
E acabar com a indiferença
E a surdez permanente,
Para prestar atenção
À sorte de cada irmão
Porque tenho a ver com isso,
Se afino o ser e o agir
Por critérios de Justiça
E “Verdade na Caridade”,
Partilhando o vinho e o pão,
Com toda a humanidade.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 29.09.2010
Nem o meu coração sente
O grito de tanta gente
Excluída e indigente,
Como se não fossem filhos
De Deus Pai, Justo e Clemente,
Afina o meu ser, Senhor,
Pelo teu Diapasão
Que é de Justiça e Amor,
Piedade e Compaixão,
Para eu defender sempre
A vida do meu irmão
E a biodiversidade,
Berço de paz e harmonia
Para toda a humanidade
Que abraça no diferente
O apelo à Fraternidade,
Pela comunhão no Amor,
Em espírito e verdade.
Ao ouvir tua Palavra
Que me aquece por dentro
E ilumina o pensamento,
Sinto-Te vivo e presente,
Ó Deus terno e compassivo,
Porque atento a toda a dor
Do fraco e do oprimido,
Que até Te fizeste irmão,
Em Jesus, por puro Amor,
Para a todos libertar
E abrir, de par em par,
As portas da Salvação.
Tua Palavra de vida,
Meditada e assumida,
Me desperte para a urgência
De lutar contra a pobreza,
E acabar com a indiferença
E a surdez permanente,
Para prestar atenção
À sorte de cada irmão
Porque tenho a ver com isso,
Se afino o ser e o agir
Por critérios de Justiça
E “Verdade na Caridade”,
Partilhando o vinho e o pão,
Com toda a humanidade.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 29.09.2010
sábado, setembro 18, 2010
Aprender a Escutar
Quero aprender a Escutar,
Como quem aprende a Amar,
Com os olhos e os ouvidos,
E as antenas da alma,
Toda a voz que me traz calma,
Me inquieta ou interpela.
Nela, alguém se faz presente,
Seja igual ou diferente,
A tocar-me fortemente
Por uma palavra dita,
Ou silêncio interpelante,
Por um gesto ou atitude
Lidos num olhar ausente,
Como quem fixa o distante.
Quero aprender a Escutar,
Para entender a mensagem
E ajudar, mas sem julgar
Cada sorriso nascido
Do desejo de falar,
E ao sentir-se recebido
Um pedido formular,
Revelar sua tristeza,
Rir comigo e até chorar,
Como irmãos à mesma mesa
Ou diante de um altar.
Quero aprender a Escutar
A mensagem do olhar,
A súplica formulada
E aquela silenciada,
Por vergonha ou timidez,
Diante da minha pressa,
Quiçá, da minha aridez,
Impedindo, irmão/amigo,
Que tu te possas dizer
E também contar comigo.
Quero saber te acolher,
Como se o tempo parasse,
Pois, nada mais há a fazer.
E, Amar é tudo isto:
Viver, como Jesus Cristo,
A relação/comunhão,
Escola para Aprender,
Num dar e num receber,
Valores que não estão
Nos mercados a vender.
Compreensão e amor,
São grátis, seja onde for.
Eis por que os filhos de Deus
Nunca vivem ociosos,
Ao abraçar generosos,
Uma Escuta permanente
De Deus e de toda agente.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 4.09.2010
Como quem aprende a Amar,
Com os olhos e os ouvidos,
E as antenas da alma,
Toda a voz que me traz calma,
Me inquieta ou interpela.
Nela, alguém se faz presente,
Seja igual ou diferente,
A tocar-me fortemente
Por uma palavra dita,
Ou silêncio interpelante,
Por um gesto ou atitude
Lidos num olhar ausente,
Como quem fixa o distante.
Quero aprender a Escutar,
Para entender a mensagem
E ajudar, mas sem julgar
Cada sorriso nascido
Do desejo de falar,
E ao sentir-se recebido
Um pedido formular,
Revelar sua tristeza,
Rir comigo e até chorar,
Como irmãos à mesma mesa
Ou diante de um altar.
Quero aprender a Escutar
A mensagem do olhar,
A súplica formulada
E aquela silenciada,
Por vergonha ou timidez,
Diante da minha pressa,
Quiçá, da minha aridez,
Impedindo, irmão/amigo,
Que tu te possas dizer
E também contar comigo.
Quero saber te acolher,
Como se o tempo parasse,
Pois, nada mais há a fazer.
E, Amar é tudo isto:
Viver, como Jesus Cristo,
A relação/comunhão,
Escola para Aprender,
Num dar e num receber,
Valores que não estão
Nos mercados a vender.
Compreensão e amor,
São grátis, seja onde for.
Eis por que os filhos de Deus
Nunca vivem ociosos,
Ao abraçar generosos,
Uma Escuta permanente
De Deus e de toda agente.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 4.09.2010
sexta-feira, setembro 03, 2010
Contemplar, uma Arte a cultivar
Quem tem fome de harmonia,
Deita fora a agitação,
O lufa-lufa, sem fim,
Da mente e do coração,
E foge do frenesim
Que transforma qualquer vida
Num barquinho à deriva
Boiando no alto mar,
À mercê dessa corrente
Do vento que sopra sempre,
Levando, para onde for,
Todo o barco sem motor.
Parar, olhar, contemplar,
Não depende do meu tempo,
Mas da calma interior,
Que empresta ao pensamento
Asas que o fazem voar,
Se acaso o motor parar.
Importa, pois, cultivar
A Arte de contemplar,
Fazer silêncio e escutar
A voz do recolhimento,
Que convida a avançar,
À luz da Estrela Polar,
Serenos, p’rá outra Margem,
E repousar na Estalagem,
Onde a paz de Deus existe,
Para aquele que persiste
A, na prancha do Amor,
Fazer-se, sem medo, ao Mar,
Sempre em busca da harmonia
Que só Deus lhe pode dar.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 2.09.2010
Deita fora a agitação,
O lufa-lufa, sem fim,
Da mente e do coração,
E foge do frenesim
Que transforma qualquer vida
Num barquinho à deriva
Boiando no alto mar,
À mercê dessa corrente
Do vento que sopra sempre,
Levando, para onde for,
Todo o barco sem motor.
Parar, olhar, contemplar,
Não depende do meu tempo,
Mas da calma interior,
Que empresta ao pensamento
Asas que o fazem voar,
Se acaso o motor parar.
Importa, pois, cultivar
A Arte de contemplar,
Fazer silêncio e escutar
A voz do recolhimento,
Que convida a avançar,
À luz da Estrela Polar,
Serenos, p’rá outra Margem,
E repousar na Estalagem,
Onde a paz de Deus existe,
Para aquele que persiste
A, na prancha do Amor,
Fazer-se, sem medo, ao Mar,
Sempre em busca da harmonia
Que só Deus lhe pode dar.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 2.09.2010