sexta-feira, setembro 03, 2010

 

Contemplar, uma Arte a cultivar


Quem tem fome de harmonia,
Deita fora a agitação,
O lufa-lufa, sem fim,
Da mente e do coração,
E foge do frenesim
Que transforma qualquer vida
Num barquinho à deriva
Boiando no alto mar,
À mercê dessa corrente
Do vento que sopra sempre,
Levando, para onde for,
Todo o barco sem motor.

Parar, olhar, contemplar,
Não depende do meu tempo,
Mas da calma interior,
Que empresta ao pensamento
Asas que o fazem voar,
Se acaso o motor parar.

Importa, pois, cultivar
A Arte de contemplar,
Fazer silêncio e escutar
A voz do recolhimento,
Que convida a avançar,
À luz da Estrela Polar,
Serenos, p’rá outra Margem,
E repousar na Estalagem,
Onde a paz de Deus existe,
Para aquele que persiste
A, na prancha do Amor,
Fazer-se, sem medo, ao Mar,
Sempre em busca da harmonia
Que só Deus lhe pode dar.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 2.09.2010

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