sexta-feira, dezembro 17, 2010

 

Tudo pára, à luz do espanto


Diante da novidade
De um Deus que, em sua bondade,
Se esquece da divindade
E até pede permissão
P’ra encarnar a humanidade,
A partir do coração
Que O acolha e dê morada,
Hoje, como fez um dia,
A Virgem Santa Maria
Que a Deus não negou nada,
Quem não se sente feliz
E não canta jubiloso,
Ao saber-se convidado,
Apesar de pecador,
Para ser Presépio Vivo
De Jesus, o Salvador?!

Entre surpresa e encanto,
Surge o silêncio de espanto,
Que deixa as palavras presas
Na boca que emudece,
Enquanto o coração
Bate forte de emoção,
Se dilata e se faz prece,
Para, no que diz e faz,
Ser digno de receber
O Filho de Deus amado,
Rei e Príncipe da Paz.,
Que nasce para salvar
Todo o homem pecador,
Ao relançar as sementes
Da cultura do Amor,
Com a sua própria vida,
A todos, oferecida.

É que o silêncio de espanto,
É dialogo profundo,
Meditativo e fecundo,
Revelador do segredo
De que amar, é não ter medo
E é sentir grande alegria,
Em trazer a Paz ao mundo
Que fez exultar Maria.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 17.12.2010

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