sábado, maio 12, 2012
Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que é seu; (cf. Jo 15,18-21)
No nosso jardim há um carvalho que
cada ano nos surpreende.
A sua firmeza em marcar a diferença me
encanta e desafia.
Agora, que todo o jardim se pinta de
verde primaveril,
ele resolve começar a despir-se em
castanho outonal,
como que a dizer: tudo é passageiro,
nada é absoluto,
não temos aqui morada permanente.
No outono, quando o jardim amareleja e
se despe das suas folhas,
ele teima em verdejar de primavera como
que a dizer:
há vida para além da morte,
há esperança, mesmo quando tudo
parece em crise,
há forças que se escondem na
fragilidade,
não temam!
É verdadeiramente uma parábola viva
da missão do cristão:
tem as raízes no jardim do mundo,
mas a copa altaneira aponta para outros
horizontes;
é irmão na natureza, mas vive em
contra-corrente profética;
é sinal de outra dimensão da vida
quando a maioria balouça entre o
entusiasmo e a depressão;
fala com o testemunho de vida
e marca a diferença com determinação,
não se envergonhando de ser diferente.
Será que Deus o colocou no nosso
jardim
para nos interpelar a sermos
missionários consagrados
que marcam a diferença perante o
mundo,
como sinais da esperança e do Reino de
Deus?
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