domingo, julho 29, 2012

 

17º Domingo do Tempo Comum


Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca» (cf. Jo 6,1-15)

Entrou a cultura do usar, saciar-se e o resto deita-se no lixo.
É assim com a comida, as bens de consumo e de produção,
as relações laborais e os próprios afetos.
Um terço da comida produzida acaba no lixo.
20% do lixo é comida o que, à escala mundial,
seria suficiente para alimentar 3 mil milhões de pessoas!
O mundo geme com fome de fraternidade,
de visão para além da minha barriga.

Jesus apresenta-nos o caminho da partilha do pouco
e a recuperação e reutilização do que sobra,
numa economia de gratuidade compassiva
e de solidariedade contagiante.
Jesus dá graças ao Pai pelos cinco pães e dois peixes,
porque tudo é dom de Deus.
Partilha e distribui por todos
porque os recursos estão destinados a todos.
Manda recolher o que sobra,
porque não quer que nada nem ninguém se perca.
Afasta-se porque não quer clientela dependente
dum paternalismo infantilizante,
mas discípulos compassivos e livres,
para trabalhar e partilhar suor e amor.

Senhor Jesus liberta-nos dum coração “caixa registadora”
que exclui o que sobra e quem não pode pagar
e dá-nos um coração eucarístico
que sabe agradecer o dom e partilhar o que é nosso
no altar da solidariedade e do cuidado da natureza.

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