segunda-feira, julho 16, 2012

 
Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. (cf. Mt 10,34-11,1)

Perante a proposta de Jesus não se pode ser “morno”,
ou O seguimos radicalmente ou O rejeitamos totalmente,
não dá para um seguimento condicionado e negociado
segundo os critérios pessoais, subjetivos e culturais.
Por isso, Jesus não vem trazer a paz da massa uniforme,
nem a paz do “cada um é que sabe”,
nem dum cristianismo líquido e insípido
que está a bem com todos e acha tudo normal.

Jesus chama-nos a ser outros “Cristos”,
e, como Ele, a carregar a nossa cruz cada dia,
a amar a sua Palavra mais do que tudo,
a sermos fieis à sua missão mesmo em contra-corrente,
a sermos livres perante as pressões familiares e clubistas
e os projetos de realização pessoal ou empresarial.

As guerras de que Jesus fala
não tem nada a ver com os conflitos de interesses,
nem com os jogos de poder,
nem com os conflitos de gerações, género e étnicos.

São mais as “guerras” de Francisco de Assis com seu pai;
do jovem que sabe dizer não a propostas de dependência,
ou prazeres desumanizadores e egoístas;
do cônjuge que sabe ser fiel à sua fé,
perante a indiferença ou impedimento do outro;
do trabalhador que não vende a sua consciência,
nem pactua com a mentira, o roubo e a corrupção,
em troca da sua carreira, salário e emprego.
É isto e muito mais que significa amar mais a Cristo
que todos os outros nossos amores!

Senhor Jesus, quão longe ainda vai o meu radicalismo cristão.
Quantas resistências, concessões, reticencias...
que me afastam dum seguimento coerente!
Apesar de tudo, não nos fazes guerra nem nos rejeitas,
mas continuas a apostar em nós
como aqueles que envias em Missão em Tua vez.
Ajuda-nos a amar-Te com pureza de coração
e a mansidão dos que são fieis até ao fim. 

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