sexta-feira, julho 20, 2012

 
O Filho do Homem até do sábado é Senhor. (cf. Mt 12,1-8)

Perante o Templo e o Sábado, como dia e lugar sagrado,
Jesus antepõe a sacralidade das pessoas com fome.
É uma sacralidade que nasce da misericórdia
e procura responder às necessidades básicas da pessoa concreta,
e não a obediência a uma Lei sagrada e abstracta, aplicada cegamente.
Jesus é o Senhor do Templo e do Sábado
porque Ele veio para salvar todo o homem e o homem todo
e não leis, rituais e lugares sagrados.


Em tempos de crise, como os que vivemos agora,
fazem-se planos para salvar a economia,
consolidar as contas públicas e o deficit...
e isso está bem, pois devemos viver num realismo sustentável.
O problema é, quando para salvar a economia dum país,
colocamos mais de 15% de pessoas no desemprego,
cerca de um quinto da população na pobreza
e obrigamos as pessoas a emigrar,
pois neste país em redenção só há lugar para alguns!
Quando o mais sagrado deixa de ser o ser humano concreto
e passa a ser o mercado como entidade venerável,
o sacrifício ganha estatuto de dogma
e a misericórdia e a solidariedade ficam suspensas
até que a tormenta passe e os objectivos se alcancem.


Senhor Jesus ajuda-nos a ver com o coração
e a sacrificar-nos pela misericórdia
para que a fome não seque o irmão
nem a lei civil ou religiosa,
ignore a salvação e a dignidade de todos nesta grande nação.

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