sexta-feira, agosto 24, 2012
Festa de S. Bartolomeu, apóstolo
Disse-lhe Natanael: «De
Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem e
verás!» (cf. Jo 1,45-51)
Perante o paralaxe do
preconceito,
não adianta discutir nem
argumentar.
A única solução
curativa para tal cegueira
é aceitar fazer a
experiência e verificar,
aberta ao novo da pessoa
única que se esconde
por baixo da máscara da
raça, da cor, da nacionalidade,
da cultura, da condição
social, da aparência e da religião.
Os meios de comunicação
fazem do Globo uma bola,
acessível ao toque de um
dedo,
mas o preconceito e o
desconhecimento mútuo
fazem do próximo um
cigano, um negro, um pobre,
um analfabeto, um preso,
um deficiente...
sem rosto nem coração,
igual a todos os outros do
mesmo género.
A proposta de Filipe é a
mesma que Jesus lhe fez:
“Vem e verás”: faz a
prova e experimenta,
depois fala e julga, pois
cada pessoa é única e irrepetível,
feita à imagem e
semelhança de Deus como todos.
O mesmo acontece com a fé
em Jesus.
Muitos vivem do
preconceito religioso,
do medo de serem enganados
por miragens espirituais,
bloqueados por desvios
históricos na Igreja
ou escândalos de alguns
lobos matreiros
que se escondem sob a pele
de cordeiros santos.
É preciso deixar de
fugir, ter medo, de mergulhar.
Só fazendo a experiência
pessoal de Jesus,
O podemos conhecer, amar e
seguir,
livres do preconceito, do
temor e da dislexia espiritual.
Mostra-nos o Teu
verdadeiro rosto, Senhor
e liberta-nos de tudo o
que nos impede
de Te conhecer, Te amar e
servir.
Liberta-nos da miopia do
etnocentrismo e do racismo,
para que possamos conhecer
sem pre-julgar,
acolher sem rejeitar, o
próximo como irmão.
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