sexta-feira, outubro 26, 2012
Porque
não julgais por vós mesmos, o que é justo?
(cf. Lc 12,54-59)
Recorrer
aos tribunais é desistir de dialogar,
de
procurar consensos justos para ambos.
Porque
ambas as partes acham que têm razão,
precisam
de um juiz independente
que
julgue a justiça de cada um, segundo a Lei comum.
Os
tribunais estão atulhados de processos
no
âmbito laboral, patrimonial, familiar, criminal...
todos
acham que os outros é que são culpados
e
que eu sou inocente e lesado!
Quando
uma das partes é poderosa em meios
procura
comprar a razão e a justiça,
contratando
advogados de evasão da lei
e
de adiamento do julgamento até à prescrição.
Esta
mesma ideia reflete-se no âmbito da ética
e
da consciência de pecado e de culpa pessoal.
Vivemos
num estado infantil cultural
em
que os outros é que têm sempre a culpa
e
“eu não fui, foi ele”, “eu nada fiz de mal”!
O
mundo vai mal, as famílias desfazem-se à primeira crise,
a
corrupção adquiriu direitos de normalidade,
a
mentira aceita-se como necessária à sobrevivência...
tudo
é possível nesta guerra de inculpáveis,
“eu
sou um anjinho a ver o espetáculo dum mundo caduco”!
Senhor
Jesus ajuda-nos a ter uma consciência reta e com valores.
Ilumina-nos
e conduz-nos à luz da verdade e da justiça.
Ensina-nos
o caminho da humildade e da contrição
para
que aspiremos à conversão e santidade de vida
e
não gastemos energias em desculpas de evasão da verdade.
Ajuda-nos
a descobrir no sacramento da reconciliação
a
festa do perdão e da verdadeira poda da renovação.
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