sexta-feira, janeiro 18, 2013

 

6ª feira da 1ª semana do tempo comum


Irmãos: Embora se mantenha a promessa de entrar no repouso de Deus, devemos recear que algum de vós corra o risco de ficar excluído. (cf. Heb 4,1-5.11)

Ao sétimo dia Deus repousou, festivamente,
pois os que ama permaneciam alegres e repousados ao seu lado.
Quando o ser humano afastou dEle o seu coração
e trabalhou o sofrimento e a dor no deserto sem oásis,
Deus abandonou o seu descanso,
envolvendo o Pai, o Filho e o Espírito Santo,
como uma mãe que procura o seu filho que começou a andar
e se pode ferir e outros estragos provocar.
Deus anseia pelo repouso do Amado
pois só quando os seus amados filhos estão em paz enraizada
é que o Amor pode repousar festivamente.
Foi para que todos pudéssemos repousar que Jesus se fez Luz,
consumindo-se em lamparina humana,
e trabalhou incansavelmente para nos guiar
pelo caminho da fé e do descanso que não tem par.

Vivemos um tempo em que o descanso é um sonho
que poucos conseguem concretizar.
Quando somos jovens fazemos da noite dia
pois a festa é que é preciso eternizar até à exaustão.
Quando somos adultos trabalhamos sem repouso
para termos férias e uma reforma
que nos permita repousar e festejar.
Quando somos idosos ficamos tristes e sentimo-nos inúteis
porque não aprendemos a descansar
e só sonhamos com o tempo em que podíamos trabalhar.

Senhor, meta do meu repouso,
numa labuta que não se cansa porque ama,
ensina-nos a repousar em paz
e liberta-nos de tudo o que nos inquieta e mete medo.
Cura-nos da avareza, do ódio, da revolta, da injustiça,
da mentira, do egoísmo, do desamor, da vingança,
do desejo impuro e possessivo, da falta de fé...
Abre-nos à confiança e à esperança.
Ensina-nos a contemplar a natureza
e a saborear a gratuitidade de estar com,
para aprendermos e desejarmos o repouso que não tem fim.

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