domingo, fevereiro 10, 2013
5º Domingo do Tempo Comum
No ano em que morreu Ozias, rei de
Judá, vi o Senhor, sentado num trono alto e sublime; (cf.
Is 6,1-8)
Isaías
vê o Senhor quando deixa de ver o rei.
Dá-se
que conta que o Templo é o palácio da santidade
que
nos visita e nos envolve com a sua omnipotência
e nos
faz ver como somos pecadores e indignos
de tal
Senhor e Rei, de tal intimidade e proximidade.
O
profeta faz a experiência dum Rei-Pastor que cura
e o
purifica do seu pecado com a brasa acesa da graça.
E a
omnipotência do Altíssimo apequena-se
num
pedido suplicante de colaboração:
«Quem enviarei? Quem irá por nós?»
Para que Deus se possa ver nas
encruzilhadas da vida
é preciso que outros reis e senhores
sejam destronados.
As surpresas da vida e as crises da
conjuntura
podem surpreender-nos com a
experiência, sem hora marcada,
de um Deus que vem ao nosso encontro
nos templos áridos da nossa oração,
nas corridas violentas das estradas de
Damasco,
nas águas vazias da nossa busca de
esperança.
É esta experiência encontradiça de
Deus
e duma graça imerecida que aborta o
orgulho,
e nos faz responder com convicção e
humildade:
«Eis-me aqui: podeis enviar-me».
Senhor Jesus, que nos pescas
mandando-nos pescar
e quando as redes engordam o vazio,
nos convidas a seguir-Te e a tudo
deixar,
para que, com a mesma energia e novo
Guia,
novas redes salvadoras aprendamos a
lançar.
Abre os nossos olhos à Tua presença
e cura-nos dos senhores que nos
escravizam
e nos impedem de acolher a Tua
santidade
que, como sol das alturas, nos visita e
acalenta.
Que eu possa dizer com todo o meu ser:
Eis-me aqui Senhor, podeis enviar-me!
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