sexta-feira, fevereiro 15, 2013
6ª feira depois das Cinzas
Será este o jejum que Me agrada no
dia em que o homem se mortifica?
(cf. Is 58,19a)
Deus é
amor, em comunhão de relações,
e tudo
o que nos pede é para nos ensinar
a
fazer da cada relação uma declaração de amizade
que
surpreendente o outro, como anjo amigo,
na
hora certa e na medida certa.
Se nos
manda rezar e celebrar comunitariamente a fé
é
porque sem esta ligação à Fonte do Amor
e sem
esta Luz centrífuga que nos conduz à Vida,
perdemo-nos
no amor de nós próprios
e
amortecemo-nos em oásis de exclusão.
Se
Deus nos pede para jejuarmos
não é
para é para fazermos exercícios
de
resistência à dor e às necessidades fisiológicas,
mas é
para aprendermos a desnudar-nos da mentira
e
sermos capazes de dar a vida pelo outro
que
sofre injustiça, pobreza ou enfermidade.
Há
muita gente demasiado preocupada com ritos,
práticas
religiosas e promessas de ocasião,
desgarradas
da vida e do cuidado da alma e do outro.
Preocupam-se
até onde podem comer e beber,
mas
não até onde podem amar e cuidar.
Temos
que jejuar e abster-nos do pecado,
do
consumismo compulsivo e acrítico,
da
agressividade sadomosoquista,
da
injustiça escravizadora,
da
indiferença surda aos gemidos suplicantes,
da
aridez duma vida, sem o ar puro da fé e da esperança.
Senhor
Jesus, banquete da graça,
ensina-nos
a despir dos andrajos de espinhos
que
ferem o abraço e sangram a alegria.
Poda-nos
os excessos para darmos bons frutos
que
alimentam o irmão e glorificam o Agricultor.
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