quarta-feira, fevereiro 13, 2013
Quaresma: 4ª feira da Cinzas
Diz agora o Senhor: «Convertei-vos
a Mim de todo o coração» (cf.
Joel 2,12-18)
Entramos
no “agora” propício à conversão.
A
Quaresma é tempo de parar para se dar conta.
Olhar
o ideal dum Amor que vence a cruz da traição
e as
desistências e rotinas medíocres que consideramos normais.
É
tempo de jejuar distrações e andares errantes,
de
lamentar fadigas inúteis e ódios alimentados,
de
limpar maquilhagens e abandonar máscaras de ilusão.
É
tempo de ser verdade e transparência de humanidade,
de
redescobrir o Amor que aguenta a fragilidade
e
voltar de novo a ser todo inteiro,
paixão
agradecida, numa aventura esforçada,
de
nada de nós deixar para trás e fragmentado.
Às
vezes interrogamo-nos o que é jejuar,
como
se este pertencesse à mesma lógica
dum
programa de austeridade, imposto de fora,
para o
emagrecimento das gorduras e da dívida.
O
jejum é um sinal exterior
que só
pode nascer duma liberdade e decisão interior,
que se
abstém de coisas para poder dar mais
e ser
todo inteiro para Deus e para os outros.
Por
isso, o jejum anda sempre ligado à oração e à esmola.
Senhor,
Jesus, Oceano de misericórdia
e
Fonte de purificação no fogo de conversão,
ajuda-nos
a esvaziar-nos das gorduras do nosso orgulho,
para
que haja espaço para o amor e a contemplação,
para o
perdão e a reconciliação,
para o
serviço solidário e a comunhão,
para a
alegria de poder recomeçar
como
se hoje fosse o primeiro dia
de um
namoro esquecido que soube esperar.
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