quinta-feira, março 14, 2013

 

5ª feria da 4ª semana da Quaresma


Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios.(cf. Ex 32,7-14)

O Sinai está cheio de luz e de comunhão.
O ar que se respira entre Javé e Moisés é de Aliança.
Na planície, o povo longe da voz do Profeta
e do olhar luminoso da montanha,
vira-se para o metal que brilha nos bolsos.
Constrói um deus próximo, manipulável, não humano,
que em vez de lhes dar carne, leite e ajuda no trabalho,
exige sacrifícios humanos,
encandeia-lhes a vista com falsas ilusões e mentiras,
e os faz voltar à escravatura em terra de liberdade.
Deus, uma vez mais, vê o seu povo voltar-lhe as costas
e encontra em Moisés um aliado do perdão.

Hoje a situação não é muito diferente.
Deus continua a falar de aliança libertadora
aos Bentos e Franciscos, Moisés do nosso tempo,
mas o povo, na planície da vida quotidiana,
anda preocupado com outros temas
e escravizado pelo medo do amanhã.
Constrói bezerros de ouro a quem chama deus-mercado,
sacrifica pessoas humanas, excluindo-as do acampamento,
pelo desemprego, salário injusto, emigração forçada...
Mata-lhes a esperança e o sonho
em troca de um paraíso em futuro incerto,
em estatísticas de festa e inferno de fraternidade.

Senhor, Deus da Aliança e da libertação,
faz-nos voltar o coração para Ti
e olhar de novo com esperança e verdade
para a Montanha da fé que nos abre horizontes.
Abre os ouvidos do nosso coração
à Palavra libertadora que denuncia os ídolos
que nos anestesiam a fraternidade
e nos impedem de olhar para o alto.
Obrigado pelos Bentos e Franciscos
que nos ajudam a caminhar,
conduzidos pela nuvem da esperança, da verdade e da libertação.

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