domingo, abril 14, 2013
3º Domingo da Páscoa
«Àquele que está sentado no trono
e ao Cordeiro o louvor e a honra, a glória e o poder pelos séculos
dos séculos». (cf. Ap 5,11-14)
João,
o autor do Apocalipse, viu no Céu
o que
se devia ver em todo o universo e em toda a história:
Deus
Trindade que se faz Cordeiro imolado,
para
nossa salvação, numa aliança eterna e apaixonada,
é o
único que merece toda a honra, toda a glória e louvor,
toda a
confiança e amor para sempre.
Quando
o amor responde ao Amado imolado,
purificam-se
os afetos de amores de mercado
e
libertam-se os escravos de dependências doentias.
Os
tronos atuais já não são de sangue real,
por
direito de linhagem historicamente adquiridos.
Hoje
os senhores sentam-se em tronos de estúdio,
tão
belos à vista como efémeros no tempo.
A vida
transformou-se num espetáculo da apresentação,
onde
os senhores deste mundo ostentam poder de ilusão,
arte
de comunicação, boca cheia de promessas,
sabedoria
de governação, empreendedorismo de inovação.
E
neste baile de tronos vão alternando os ídolos,
sabendo
que a memória é curta e os afetos instáveis.
Mas
quanto menos se discerne a quem servimos
e em
que confiamos as nossas vidas,
menos
fecundamos a esperança
e
amadurecemos a felicidade que irradia alegria.
Senhor,
Amor Trinitário num abraço criacional,
envolve-nos
com a tua luz libertadora
que
brota da gruta de Belém e do monte Calvário,
surpreendidos
pela pesca abundante após a noite
e
pelas brasas generosas que alimentam a Missão.
Purifica
os nossos ouvidos distraídos,
para
que possamos ouvir a Tua voz de esperança,
entre
os ruídos de feira que auto-falantam promessas.
Centra-nos
no amor que eleva e liberta,
para
aprendermos a amar-Te como nos amas
e a
doar-nos gratuita e permanentemente como vives.
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