domingo, junho 16, 2013
Domingo 11º do Tempo Comum
Não quero tornar inútil a graça
de Deus. (cf. Gal 2,16.19-21)
Em
Deus o amor excedeu-se em dom,
a vida
manifesta-se em criação,
o
carinho esmerou-se em beleza e harmonia,
o
cuidado personalizado escondeu-se em leis da natureza,
a
misericórdia ofereceu-se em Aliança e perdão,
a
Palavra surpreendeu-nos em profecia,
o
Filho fez-se homem e entregou-se na cruz,
porta-voz
dum Deus que nos ama tanto,
que
não só não destrói o pecador,
como é
capaz de morrer por ele e o perdoar.
Nós
podemos tornar inútil esta graça abundante de Deus
passando
pela vida vegetando, num autismo narcisista.
Podemos
ser como a flor à janela duma sacristia,
que
vê, pelo vidro, a chuva cair abundantemente,
mas
definha de sede na vitrina do seu comodismo,
que
ouve os louvores a Deus na capela ao lado,
mas
vive amargurada, presa no seu vaso de mundo fechado.
Senhor,
oceano de graça onde a vida se refaz
e
transforma o pântano em nascente de água viva,
purifica
as nossas águas paradas do medo e do egoísmo
e
ajuda-nos a descobrir a alegria do dom que se acolhe e semea.
Aumenta
a nossa fé e confiança em Cristo
para
acolhermos a graça do perdão quando pecamos
e
fortalecermos a fraternidade quando Te comungamos.
Que o
teu Espírito nos abra o olhar à contemplação
e o
coração ao amor que deixa Cristo habitar,
para
que já não seja eu o ídolo a adorar,
mas
Cristo o Senhor que vive em mim.
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