sábado, junho 22, 2013

 

Sábado da 11ª semana do Tempo Comum

Para que a grandeza das revelações não me ensoberbeça, foi-me deixado um espinho na carne. (cf. 2 Cor 12,1-10)

Paulo alegra-se com toda a sua história de salvação.
Transborda de alegria com as suas experiências místicas,
luta com esperança contra as tentações,
rejubila com humildade porque a sua vida é pura graça.
Sente-se um homem a caminho no seguimento de Cristo,
capaz do melhor e do pior na santidade e no pecado,
em que a fraqueza rebaixa o orgulho
e a graça eleva a humildade.

A vida cristã não é um tudo ou nada.
Quem pensa que já é santo e perfeito
corre o risco de dispensar Jesus, como salvador,
e de se achar melhor que os outros.
É a tentação de parar de caminhar,
sentado no pedestal do orgulho e dos méritos,
olhando os outros de cima, no seu cadeirão de juiz.
Quem se fixa apenas nas suas fragilidades,
desespera de caminhar para a santidade,
porque confia mais nas suas forças
do que na graça misericordiosa de Deus.
No fundo, não se perdoa a si mesmo
a humilhação de ser fraco, dependente de salvação.

Senhor Jesus, nosso único Senhor e salvador,
obrigado pela história de salvação única e personalizada
que vais realizando na realidade frágil e inconstante
que somos nós como pessoas e como relação.
Nós te louvamos porque de humanos
és capaz de fazer filhos de Deus
e de pecadores humildes peregrinos do Céu.
Dá-nos a sabedoria dos simples e das crianças,
que, porque se sentem amadas como são,
não desesperam nas quedas,

mas sonham confiantes ser grandes como os que a amam.

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