domingo, julho 28, 2013

 

17º Domingo do Tempo Comum

Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza. (Gn 18,20-32)

Na oração o pó, animado pelo abraço eterno de Deus,
atreve-se a falar confiadamente ao seu Senhor.
É um diálogo humanamente impossível,
mas divinamente buscado pelo “Faça-se” criador
que eleva as criaturas à condição de filhos amados.
Por isso, a oração é um dom do Espírito divino
que empresta a Palavra a este pó cinzento
e nos coloca o desejo de pulsar o coração
ao ritmo dum coração grande, eterno e uterino.
É por isso que a oração necessita de tempo,
de silêncio, intimidade e pés descalços diante do Mistério.

A oração precisa de aprendizagem e fé.
Não necessita de palavras mágicas e poderosas,
como se o segredo estivesse nas fórmulas
e não na atitude e na busca de comunhão.
Precisa de fé para ver a presença invisível,
mas pessoal e envolvente da Aliança.
Carece de aprendizagem que ensine
a sintonizar com a frequência em que Deus fala
e a compreender a linguagem do amor
que brota dos sinais, moções e silêncios.

Senhor, Pai Santo e beijo de vida,
envia-nos o Teu Espírito que faz brotar em nós
o gemido inefável dos filhos queridos na graça.
Senhor Jesus, coração amado,
em permanente comunhão com o Pai,
que na cruz e no batismo nos fizeste renascer filhos
que crucificam o medo e o pecado,
ensina-nos a orar, animados pela confiança filial

e pela amizade fraterna e solidária.

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