terça-feira, julho 16, 2013
3ª feira da 15ª semana do Tempo Comum
Deu-lhe o nome de Moisés, dizendo:
«Salvei-o das águas» (cf. Ex
2,1-15a)
Deus vai preparando
um libertador para Israel:
filho da tribo de
Levi, uma família de consagrados,
salvo das águas da
morte pela própria filha do Faraó,
enraizado na fé
hebraica pela mãe, que o amamenta,
educado como líder
pela filha do Faraó, que o adota.
Moisés vai
crescendo dividido,
entre a condição
privilegiada de filho do Faraó,
e o sentimento de
irmão dos hebreus oprimidos.
A prática vai-lhe
mostrar a dura realidade:
não se pode servir
a dois senhores, ao mesmo tempo.
Como ainda não
estava maduro para optar por uma identidade,
fugiu do Egito para
as montanhas de Madiã.
Hoje,
generalizou-se a ideia que podemos ser tudo,
ao mesmo tempo: ser
jovem e adulto,
comprometido e
descomprometido,
viver como casado e
solteiro, ser verdadeiro e mentiroso,
ter vida privada e
vida pública contraditória,
praticar ritos
cristãos e viver uma ética não cristã...
É a esquizofrenia
cultural elevada à qualidade de ideal,
neste mundo de
liberdade criativa e caprichosa,
em que cada um se
sente no direito de ser e não ser,
quando e como pode
e deseja ser ou parecer.
Senhor, que sendo
Deus Te fizeste servo,
para, a partir de
baixo e da raiz, nos elevares
à dignidade
libertadora de filhos de Deus,
ensina-nos a
crescer até à Tua estatura
de homem servo e
livre para amar.
Dá-nos a coerência
da fidelidade e do seguimento
em todos os dias e
circunstâncias da nossa vida.
Liberta-nos da
tentação de sermos “mornos”,
“lights”,
“insípidos” e acomodados
a um relativismo
tolerante, subjetivo e interesseiro.
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