terça-feira, julho 30, 2013
3ª feira da 17ª semana do Tempo Comum
Moisés ficou ali com o Senhor (...)
E escreveu nas tábuas as palavras da aliança.
(cf. Ex 33,7-11; 34,5b-9.28)
Moisés
reserva uma tenda para o encontro com o Senhor.
É a
Tenda da Reunião que fica fora do acampamento.
A
montanha desceu à planície e envolveu-a com a Sua Nuvem,
para
que o povo não esqueça a proximidade e distância,
do Seu
Deus clemente e justo, libertador intangível.
As
tábuas da aliança precisam de ser reescritas
em
paciente intimidade e escuta de encontro,
pois a
memória recebe interferências camufladas
dos
sonhos de quem recorda e comunica.
Moisés
precisa de se deixar regravar com o estilete do Amor,
para
poder ser fiel à Aliança quando reescreve as tábuas.
Hoje
vivemos numa espécie de gnose moderna.
Pensa-se
que basta saber a doutrina
e
fazer todo o percurso iniciático de catequese,
para
passar o resto da vida a recordar currículos.
A
memória é traiçoeira e recria novas alianças
com
vozes subjetivas, mais recentes e impulsivas.
Se não
encontramos a nossa “Tenda da Reunião”
e não
promovemos encontros de escuta e conversão,
deixamo-nos
guiar mais pelas vozes de encantamento,
do que
pelo encanto duma Aliança eterna que nos surpreende.
Senhor
que enviaste o Teu Filho
a
montar a Sua Tenda no meio de nós,
como
Pastor amigo que procura ovelhas perdidas,
abre
os nossos olhos da fé à Tua presença
e os
ouvidos do nosso coração à Palavra da Vida.
Que o
Teu Espírito grave as nossas entranhas
com o
suave perfume da Tua Lei do Amor
para
que as sandálias se desfaçam em serviço fraterno
e o
silêncio aprenda a escutar a Aliança
que
nos faz voltar à Fonte do segredo da eternidade.
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