quinta-feira, julho 18, 2013

 

5ª feira da 15ª semana do Tempo Comum

O que Se chama “Eu sou” enviou-me a vós’». (cf. Ex 3,13-20)

Deus é a Vida que arde de Amor eternamente,
por isso, pode dizer que é o “Deus dos pais”,
o “Deus da promessa verdadeira”,
o “Deus da Aliança fiel”,
o “Deus libertador dos oprimidos”,
o “Deus que vê claramente, escuta, chama, envia...”
Ele é o “Eu sou o que sou” em si e para nós,
que permanece para lá do mistério e se revela,
que vive na eternidade e nos acompanha no tempo.
Moisés e cada um de nós que escuta a Sua voz
é um enviado do “Eu Sou” aos que se sentem “não sou”,
para os libertar da opressão que os aniquila e esvazia
da alegria de viver e da certeza de não ser esquecido.

A vida tornou-se demasiado volátil e instável.
O que era ontem, surpreende-nos com outra face hoje,
desde o governo aos partidos, das leis à ética,
da amizade ao amor matrimonial,
dos mercados às tecnologias, do ambiente ao clima...
Ninguém pode dizer “eu sou sem termo”,
porque a verdade de hoje já não é a da amanhã.
Isto torna-nos inseguros, céticos, deprimidos, irracionais...
Sem a voz e a fé no “Eu Sou”
que tem o nosso nome gravado no Seu Coração palpitante,
a vida torna-se um “não sou” absurdo,
que corre à deriva de miragem em miragem.

Senhor, Rocha firme e Fonte permanecente de Vida,
liberta-nos de tudo o que escava o “não sou” em nós.
Senhor, Memória duma Aliança que permanece
e vitória duma Páscoa que nos salva,
envia-nos a ser recordação viva e permanente do “Eu sou”:
eu sou amado, eu sou perdoado, eu sou salvo,
eu sou irmão lado-a-lado, eu sou cuidador da criação,
eu sou peregrino da verdade e cajado de esperança,
eu sou sonho acarinhado em abraço escondido,
eu sou chamado a ser filho de Deus,
eu sou mortal a aprender a viver a divina eternidade.

Abre-nos ao Teu “Eu Sou”, para que sejam tudo em Ti.

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