sexta-feira, julho 19, 2013
6ª feira da 15ª semana do Tempo Comum
É a Páscoa do Senhor. Nessa mesma
noite, passarei pela terra do Egito. (cf.
Ex 11,10-12,14)
Moisés e Araão
vão pressionando o faraó,
de muitas formas,
para que deixe partir o seu povo.
O medo que tinha
levado o faraó a oprimir este povo,
transforma-se agora
em estratégia para não o perder
como base de
trabalho barato para sustentar a sua economia.
Neste sentido, é
uma luta entre o Deus da vida,
que procura
libertar o Seu povo da escravidão,
e os deuses da
ambição e do poder material,
que para alcançar
os seus fins,
endurecem o coração
e sacrificam vidas humanas.
Deus passa, durante
a noite de Páscoa, como justiça de luz.
Os que têm a marca
do sangue do cordeiro são salvos,
os que se alimentam
e crescem à custa de vidas humanas,
são denunciados e
castigados com a morte do primogénito.
Hoje continua este
combate entre o Deus da Vida
e os ídolos
dourados que vivem do sangue de sacrifícios:
o tráfico de seres
humanos como trabalho escravo,
a exploração
sexual, o comércio de órgãos,
a dependência e o
negócio da droga...
As notícias destes
sacrifícios dão-se em números frios
de pessoas que
desaparecem e desfalecem,
de migrantes
explorados e enganados...
ao lado de gente
sem escrúpulos
que enriquece e se
organiza em máfias poderosas
que dominam pela
força do medo e da destruição.
Senhor, que anseias
pela Páscoa permanente de libertação,
liberta-nos da
tirania do medo e do pecado
e cura-nos da
injustiça instalada e alimentada.
Que a celebração
da Eucaristia da Tua Páscoa Nova
transforme as mãos
calejadas de insensibilidade e ódio
em abraços
fraternos de paz e sorrisos libertadores de justiça.
Faz-nos compreender
o que significa realmente
que preferes a
misericórdia ao sacrifício.
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