sábado, julho 13, 2013

 

Sábado da 14ª semana do tempo Comum

Vós tivestes a intenção de me fazer mal, mas Deus, nos seus desígnios, converteu-o em bem. (cf. Gn 49,29-32; 50,15-26a)

Deus é perito em transformar o mal em bem,
em revelar a Verdade no meio das nossas mentiras,
em fazer triunfar o amor sobre o ódio.
A História da Salvação está cheia de borrões desconexos
com os quais Deus vai fazendo pinturas únicas
que nos fazem reconciliar com o passado
e olhar o futuro com a esperança de quem é amado.
José perdoa aos irmãos porque, apesar do seu crime,
vê que Deus fez dele instrumento para salvar o seu povo.
Não parou num passado ferido e injusto,
mas fixou-se no presente brilhante e agraciado.

Há pessoas que vivem com feridas de estimação
e acariciam os seus ódios passados,
como quem guarda um tesouro escondido.
Contaminados por essa chaga infetada,
vivem revoltados, tristes, agressivos, deprimidos.
Odeiam o agressor, mas castigam-se a si mesmos,
carregando-o na memória e no desejo de vingança
em todos os instantes da sua vida.
José, filho de Jacob, Nelson Mandela,
Jesus Cristo na Cruz e tantos no Seu seguimento,
mostram que só perdoando de coração
se pode curar esta ferida pretérita e gangrenada,
e viver o presente como um dom de paz e felicidade.

Senhor da Vida e Remédio para a nossa salvação,
dá-nos o dom e a sabedoria de saber perdoar,
de despertarmos cada dia reconciliados,
porque já na véspera adormecemos tranquilos
na almofada da humildade compreensiva e confiante
e no colchão ortopédico do perdão que se dá e se recebe.

Faz-nos peritos da reconciliação e da paz.

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