quinta-feira, agosto 08, 2013

 

5ª feira da 18ª semana do Tempo Comum – S. Domingos

«Escutai, rebeldes. Poderemos nós fazer brotar água deste rochedo?» (cf. Num 20,1-13)


A fome e a sede põem as seguranças em estado de alarme.
O povo desidrata-se de água e de fé,
por isso, murmura contra Deus e a sua bondade.
Moisés e Araão refugiam-se no Senhor,
mas Deus também coloca à prova a sua fé,
pedindo-lhes que, na frente de todos,
façam brotar água dum rochedo.
Moisés e Araão duvidaram e murmuram contra o povo.
Foi preciso tocar duas vezes com a vara,
para que o rochedo se revelasse nascente de vida.
Apesar da rebeldia do povo e da descrença dos líderes,
Deus manifestou a Sua santidade e fidelidade.


Hoje vivemos uma profunda crise de confiança.
Todas as seguranças caíram como baralho de cartas.
Os líderes políticos enchem-nos de promessas vazias,
os professores ensinam teorias que não funcionam na prática,
os mercados deambulam desregulados e instáveis,
a liberdade anda divorciada da verdade e da responsabilidade,
a própria Igreja, que devia ser luz do mundo e oásis de santidade,
escandaliza-nos com o pecado de alguns dos seus ministros...
Qual é hoje a rocha que pode fazer brotar a vida
e alicerçar a fé e a confiança, contra toda a esperança?


Senhor Jesus, manancial donde brota a vida para todos,
rocha firme que se abre em coração aberto,
sacia-nos com a Água Viva que brota da Cruz
e alimenta a nossa pouca fé com o Pão da Aliança.
Ajuda-nos a aproveitar esta crise para purificar a nossa fé
e fortalecer a nossa confiança na Tua Palavra libertadora.
Que nos desertos de pão e água não caiamos em desespero,
mas saibamos procurar a Tenda da Reunião
e prostrar-nos em busca confiante

de quem confia em nós, numa Aliança para sempre.

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