terça-feira, outubro 15, 2013

 

3ª feira da 28ª semana do Tempo Comum – S. Teresa de Ávila

Prestaram culto e adoração às criaturas em lugar do Criador, que é bendito para sempre. (cf. Rm 1,16-25)


Paulo diz-nos que há dois livros que nos revelam Deus:
o livro da Sagrada Escritura, lido a partir de Cristo,
e o livro da natureza, contemplada como reflexo do Autor.
O livro da natureza escuta-se com a surpresa do olhar
e o detalhe do coração reconhecido.
Fixamo-nos na beleza das criaturas,
mas adoramos e imitamos o Criador
que nos ama com arte personalizada e com alma grande.


A correria privilegia a linha reta e a clonagem em série.
A cidade faz-nos parecer que tudo é obra humana
e que a vida se resume à sabedoria do ser humano.
E sem nos darmos conta, estamos a adorar criaturas,
que hoje brilham força e poder e amanhã desaparecem.
Mas se pararmos para contemplar damo-nos conta
que cada ser é único, cada dia é irrepetível,
cada pôr do sol é uma obra de arte recriada.
Mesmo aquilo que parece gémeo e rebanho,
é personalizado e conhecido diferente por quem o ama.
Perguntem ao pastor se as ovelhas são todas iguais!
Se a criação é assim e manifesta tanto amor personalizado,
como será o Autor e o amor que tanta beleza inventa?


Senhor, amor criativo com detalhe personalizado,
obrigado fazes da criação uma festa
e imprimes em cada criatura a beleza do Teu amor.
Dá-nos a paz da contemplação para vermos a Tua assinatura
no perfume duma rosa, na melodia dum rouxinol,
no sorriso duma criança, nas rugas encurvadas dum idoso,
na comunhão de um enxame de abelhas,
no horizonte pintado de arco-íris ao cair da chuva,
no coração que bate e rejubila apaixonado.
Ensina-nos a ser artistas que embelezam a relação
e fazem de cada instante um momento único

que quebra a rotina e eterniza o encanto.

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