quinta-feira, dezembro 19, 2013
5ª feira da 3ª semana do Advento
És estéril e sem
filhos, mas conceberás e darás à luz um filho. Agora tem cuidado.
(cf. Jz 13,2-7.23-25a)
A
fecundidade é um dom de Deus.
Os
pais de Sansão e de João Batista eram inférteis,
mas
um anjo de Senhor anunciou-lhes a esperança.
O
dom precisa de ser acolhido e cuidado: “tem cuidado”,
para
que a semente da vida possa crescer
de
acordo com o plano do Senhor do dom.
O
Deus dos impossíveis só atua em pessoas que confiam
e
obedecem à aliança da sabedoria do Altíssimo
e
do compromisso prudente e amante no dia a dia.
A
maioria dos países, chamados desenvolvidos,
está
a envelhecer e a ser infértil por opção.
No
Japão já existe o “síndrome de celibato”,
em
que cerca de metade dos jovens opta por ficar sozinho.
As
pessoas têm um curso, uma carreira profissional,
uma
casa, um animal de estimação, um televisor,
um
computador, participam em redes sociais virtuais...
mas
não querem compromissos, vivem para si mesmos.
É
uma baixa de natalidade que nasce do egoísmo ensimesmado.
É
porque têm um coração estéril de amor
que
optam por uma vida infecunda e narcisista.
Senhor,
Deus da vida e do amor fecundo,
que
assumiste o risco de nos criar livres e concriadores,
fecunda
o nosso coração com a ousadia do amor
e
torna-nos geradores de vida à nossa volta.
Liberta-nos
do medo de gerar um ser livre e incontrolável,
que
vem condicionar as nossas rotinas egocêntricas.
Cria
em nós uma solidariedade intergeracional ativa
e
faz-nos pais e mães do futuro novo que sonhamos.
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