sábado, fevereiro 15, 2014
Sábado da 5ª semana do Tempo Comum
Jeroboão subiu ao
altar que fizera em Betel, para oferecer sacrifícios aos bezerros
feitos por ele. (cf. 1 Reis
12,26-32; 13,33-34)
Deus
escolheu Jeroboão para rei das dez tribos do Norte,
mas
Jeroboão não escolheu Deus para seu Rei e Senhor.
Com
medo de perder o poder, impede o povo de ir a Jerusalém,
e
constrói dois bezerros de ouro para colocar em Betel e em Dan.
Como
no deserto, passa a ser um povo sem aliança revelada,
entregue
aos ídolos feitos pelas suas próprias mãos.
São
de ouro e brilham em delírio de desespero e insegurança,
mas
retiram à vida o horizonte do mistério da fé e a luz da aliança.
Tudo
é mensurável, previsível, manipulável, limitado.
Assistimos
hoje a políticas parecidas à de Jeroboão:
impedir
o culto ao Deus vivo e o discernimento dos valores.
Apresentam-se
propostas de ocupação do Domingo
como
dia de compras nos shoppings abertos, de lazer,
de
descanso, de desporto, de cultura, de trabalho de casa...
Leva-se
a missa para casa, por meio da TV e internet,
antecedida
e pós-seguida de publicidade aos bezerros de ouro,
que
hoje idolatram os sonhos e preenchem vazios de sentido.
Senhor
Jesus, cheio de compaixão pelas ovelhas sem pastor,
sacia
a nossa fome de sentido e fortalece a nossa fidelidade.
Dá-nos
um coração bom e descentrado do medo de nos perdermos.
Liberta-nos
da tentação dos montes altos sagrados,
onde
nos olhamos ao espelho de bezerros de ouro
e
adoramos a vanglória das nossas inseguranças.
Cura-nos
do pânico da concorrência predadora
e
ensina-nos a rivalizar uns com os outros na estima mútua.
Enviar um comentário