segunda-feira, março 31, 2014

 

2ª feira da 4ª semana da Quaresma


Não mais se recordará o passado, nem voltará de novo ao pensamento. (cf. Is 65,17-21)

Deus recria cada dia com a novidade da eternidade.
A rotina, o automático, o “vira o disco e toca ao mesmo”,
não fazem parte da gramática dinâmica do Céu.
O amor divino é criativo, é personalizado, é inclusivo,
tende para a perfeição e a surpresa do eterno desconhecido.
Por isso, a Igreja vive da fé e pede “vem, Senhor, Jesus”
porque temos saudades do novo céu e da nova terra
que entrevemos, mas ainda não possuímos plenamente.

Há pessoas que vivem da saudade do passado.
Perante a agressividade do vento e a frieza das relações
querem regressar ao aconchego do seio materno
e ao colinho terno e protetor da mamã e do papá,
querem elixiar a força e a saúde dos anos tenros,
param no tempo a chorar a perda de amores perdidos...
O vício, as dependências, o pecado, os ressentimentos,
são outras formas de passado a que ficámos acorrentados.
Mas viver no passado é um impeditivo para acontecer o novo,
no presente e no futuro grávidos de criatividade.

Senhor da aurora sem ocaso e do amor criativo,
liberta-nos do perfecionismo do mesmo de sempre,
do tudo exatamente programado como manda a tradição,
das vistas limitadas e formatadas que escondem a eternidade.
Ajuda-nos a viver confiantes que tudo podeis recriar e curar,
mesmo quando nos instalamos no passado da desesperança.
Abre-nos à novidade da Tua graça e presença renovadora
e ajuda-nos a introduzir amor criativo e surpresa em flor,

em todas as relações e rotinas calcificadas.

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