sexta-feira, março 21, 2014
6ª feira da 2ª semana da Quaresma
Começaram a odiá-lo
e não eram capazes de lhe falar com bons modos. (cf.
Gen 37,3-4.12-13a.17b-28)
Jacob
alegra-se com José, o filho da sua velhice,
mas
os irmãos odeiam-no com inveja e murmuração.
Cuidam
com esmero dos rebanhos do seu pai,
mas
maquinam fazer desaparecer o irmão mal-amado.
Maltratar,
abandonar, matar ou vender o irmão,
come-se
com a tranquilidade dum bando de malfeitores,
porque
há muito o tinham afastado do coração.
Quando
nos deixamos possuir pelo ódio ou pela inveja,
suspendemos
a aliança com Deus e coisificamos o irmão,
nas
traseiras da penumbra, onde a vida anda em leilão.
É
natural haver alguns desacertos nas relações.
Nem
sempre se acerta à primeira e às vezes perde-se a cabeça.
Mas
há sintomas graves de doença crónica que mata a comunhão:
falar
sozinho em disco riscado, tensão alta em ódio cozinhado,
olhar
turvo que só vê o negativo, pesadelos de vingança reiterados,
corte
de comunicação e excesso de murmuração,
festejar
a desgraça, insensibilidade e tráfico do irmão.
Quaresma
é tempo de jubileu na relação:
perdoar
as dívidas e desacertos, recuperar o diálogo e a paz.
Senhor
Jesus, que fostes enviado pelo Pai à procura de irmãos,
adoça
o nosso coração, liberta-nos do ódio e da vingança,
para
Te acolhermos como abraço de remédio e salvação.
Cura-nos
de tudo o que putrifica a alegria, o diálogo e a união.
Ensina-nos
a arte de de viver em família e em sociedade,
corrigindo
desequilíbrios, desculpando fragilidades,
fortalecendo
humildade, ousando perdoar e restaurar a comunhão.
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