sábado, março 29, 2014

 

Sábado da 3ª semana da Quaresma


Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus, mais que os holocaustos. (cf. Os 6,1-6)

Deus é um oceano de amor insondável.
Mergulhar nele é uma bela aventura de vida abraçada,
que nos deixa voar e cair, sem se cansar de nos curar
das feridas e ruturas que provocamos em nós e nos outros.
Voltar-nos para Ele, acolhe-lo como treinador de justiça,
conhecer as suas receitas de felicidade e de santidade,
aprender a nadar neste oceano de amor incondicional...
são os grandes desafios da encarnação do mistério pascal.

A oração é um encontro desigual com Deus, o Altíssimo,
que se faz Amigo e se inclina para nos acolher
e nos envolver na sua aliança misericordiosa e graciosa.
Se chegamos de nariz empinado e mascarados de gigantones,
acabamos por não ver a Deus que se abaixou para nos receber.
Então falamos sozinhos, olhamos tudo do alto do nosso orgulho,
justificamos a tacanhez da nossa fraternidade,
exaltamos os méritos dos nossos sacrifícios e boas obras,
mostramos que não precisamos de Deus nem dos outros.

Senhor Jesus, abismo de humildade pastoral e redentora,
ensina-nos a alegria de descer dos nossos pedestais de vanglória
e a servir-vos em espírito e verdade, fazendo crescer o irmão.
Liberta-nos do amor por medida, que se refugia no cumprir o dever,
mas não se enraíza na compaixão, nem floresce bondade fertilizante.
Que o Teu Espírito recrie, em nós, a ternura do olhar,
a intimidade na oração que nos faz ajoelhar e chorar,
a força da Palavra que nos esvazia de ruídos estonteantes,

a sinfonia do amor que nos faz bailar com ritmos de fraternidade.

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