sexta-feira, abril 18, 2014
6ª feira Santa da Paixão do Senhor
Tomou sobre si as
culpas das multidões e intercedeu pelos pecadores. (cf.
Is 52,13-53,12)
Deus
é amor a florescer na aridez do egoísmo humano.
Jesus
assumiu a missão de ser rebento de amendoeira,
que,
no gelo da violência e da injustiça, anuncia a esperança.
Carrega
sobre os seus ombros o peso da humanidade sofrida
e
intercede pelos carrascos que O torturam no irmão chagado.
É
o odor dum desinfetante divino a crucificar a morte,
sem
aspeto atraente nem beleza de ídolo.
É
um amor puro e redentor tão refulgente,
que,
para se poder ver, necessita dos óculos adequados da fé.
O
mundo continua a ser, para muita gente, um calvário injusto:
vidas
traficadas, violências domésticas, abuso dos fracos,
furtos
de esperança, desigualdades sociais, “contos do vigário”,
perseguições
políticas, ideológicas e religiosas...
É
a árvore da morte a infestar o mundo de espinhos biofágicos.
Jesus
deixa-se crucificar na árvore da morte,
regando-a
com o seu sangue de amor divino e incondicional
para
que ela volte a ser o que era, a Árvore da Vida.
Senhor
Jesus, Homem coroado de dores alheias,
Cireneu
voluntário das nossas cruzes merecidas,
obrigado
por tanto amor, em fidelidade crucificado.
Abre
os nossos olhos e ouvidos de discípulo amado
para
Te contemplarmos contritos
e
nas Tuas chagas sermos curados.
Alimenta-nos
com os frutos da Árvore da Vida, a florir na Cruz,
para
que também eu possa ser aliviador de cruzes pesadas,
curador
de chagas putrificadas e cancerígenas,
cuidador
de esperanças anémicas e esfomeadas.
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