sábado, abril 26, 2014

 

Sábado da Oitava da Páscoa


Reconheciam-nos como companheiros de Jesus. (cf. At 4,13-21)

Jesus desceu à nossa condição para ser nossa companhia.
É um companheiro amigo que se faz caminho da graça.
É um amigo-dom que responde à rejeição com aliança eterna.
É um amigo invisível que nos conduz pela mão da liberdade
e nos alimenta com o Pão da Sua Palavra e do Seu Corpo.
Quando aceitamos ser companheiros de Jesus ateia-se um fogo,
surge uma nova sociedade de pessoas com esperança,
revela-se uma nova sabedoria cheia de firmeza e alegria,
acontecem novas relações marcadas pela fé e o amor.

Nota-se a necessidade de afirmação exterior da fé cristã:
o terço dependurado no carro, a cruz ao pescoço,
a veste clerical, a cédula batismal, frases bíblicas no carro,
templos com dimensão visível, atuação na comunicação social...
Os censos e inquéritos revelam cristãos encriptados,
que ninguém reconhece como companheiros de Jesus.
Há uma rede alargada e capilar de instituições cristãs
que se dedicam a cuidar dos marginalizados que ninguém quer...
O que faz que sejamos reconhecidos como companheiros de Jesus
e desperte nos indiferentes as questões da fé e do sentido da vida,
e nos crentes surpreenda o louvor a Deus e o desejo de conversão?

Senhor Jesus, Companheiro da humanidade com a marca do eterno,
desperta-nos para um diálogo orante que estreita a nossa amizade.
Ensina-nos a caminhar de mãos dadas com a Rocha firme
e a transmitir paz no brilho dos olhos e no sorriso gratuito,
a semear escuta aos gemidos invisíveis de lágrimas secas
e a ser palavra de esperança aos coxos acomodados à dependência.
Sacia-nos com o Pão da Vida que nos assimila em Ti

e faz da nossa vida misericórdia divina com bordão de peregrino.

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