quinta-feira, junho 19, 2014

 

5ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


A sua palavra queimava como um facho ardente. (cf. Sir 48, 1-15)

A Palavra de Deus queima o egoísmo no crisol da conversão.
É um facho terno e misericordioso que revela a verdade,
sob a maquilhagem da retórica e da arte de representar.
O profeta é uma presença que incomoda e desacomoda,
recordando-nos o essencial que alicerça a vida
e permanece para sempre quando o relógio parar.

A palavra tem sempre a força de queimar,
depende do fogo que a anima e a faz falar.
Há o fogo do ódio que a transforma em espada
que fere, rebaixa, agride, acusa, condena, calunia...
Há o fogo do Espírito divino que a faz da voz um abraço,
da admoestação uma mão que levanta,
do anúncio uma salvação que converte,
do silêncio uma bênção que perdoa.
Que fogo nos anima quando distribuímos palavras?

Senhor, Palavra criadora e redentora,
encarna no nosso coração e acende nele o amor,
para que a palavra que damos à luz seja bendita.
Cristo, Palavra de Deus com pés de peregrino,
faz de nós eco da tua missão em testemunho e anúncio.
Espírito Santo reza em nós com a intimidade filial

e a verdade fraterna de quem se sente membro uns dos outros.

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