terça-feira, junho 24, 2014

 

Nascimento de S. João Batista


João dizia: Eu não sou quem vós julgais, mas depois de mim, vai Alguém. (cf. At 13,22-26)

João Batista é a voz profética da penitência e da conversão,
porque o tempo, grávido da promessa, está prestes a dar à luz
o Messias que todos esperam, adormecidos nos seus sonhos.
Nasce da esterilidade dum culto ritualista e anémico de esperança,
como um dom na velhice dum casal, envergonhado de nada dar.
Vem anunciar o novo de Deus que brota duma Virgem,
fecundada pelo Sim, na humildade confiante da fé.
Esse sim, é “Alguém”, Aquele que era, que é e que há-de vir.
João não quer ser o que parece: o Messias;
mas apenas - e que tanto! - a voz que aponta a Palavra do Altíssimo.

A humildade profética retira-se do centro e vai para o deserto.
Veste-se de traje simples e pobre e come da providência.
Aponta o Caminho com o testemunho de vida e a palavra,
denuncia vaidades e mentiras de vida em ostensório,
e convida à conversão, preparando o batismo do Espírito.
Recusa-se a ser aparência e aponta para a essência.
Anda em busca de Alguém, com sandálias de Boa Nova
e coração de Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Senhor, sonho eterno duma humanidade-aliança renovada,
obrigado pela confiança que colocas em cada um de nós,
para sermos, como João Batista, profetas do Altíssimo.
Obrigado, Pai Santo, porque nos chamais, desde o seio materno,
para sermos os maiores no serviço de preparar caminhos
que dêem as mãos e sintonizem o louvor agradável ao Amor.
Ensina-nos a ser fieis à nossa missão, como João,
sem laivos de vaidade nem tentações de aparência.



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