segunda-feira, julho 14, 2014

 

2ª feira da 15ª semana do Tempo Comum


Não suporto a impiedade das vossas festas. (cf. Is 1,10-17)

Deus é amor e não suporta a mentira na piedade e na liturgia.
A incoerência dum incenso drogado de injustiça
desgosta Aquele que é verdade e santidade de coração.
O verdadeiro sacrifício de louvor e de ação de graças,
brota dum coração humilde e justo,
com mãos calejadas de solidariedade e de fraternidade.
É aquele que sabe trazer no coração o santuário da aliança
e levar para o santuário as relações humanas do quotidiano.

As festas populares do padroeiro dão cobertura ao arraial.
Fazem-se peditórios para o santo, a pensar na farra da noite.
Anuncia-se a missa e a procissão, a pensar nos comes e bebes.
Deitam-se foguetes na festa e coloca-se auto-falantes ruidosos,
para atrair foliões com garganta seca e carteira recheada.
Celebrar comunitariamente a fé, escutar a Palavra da conversão,
deixar-se entusiasmar pelo exemplo de santidade do padroeiro,
querer voltar renovado e melhor para o tempo comum,
não são prioridades que preocupem os festeiros e participantes.
O resultado é a ressaca, noites mal dormidas, gastos desnecessários.

Senhor, Tu conheces o nosso íntimo melhor do que nós mesmos.
Sabes como vivemos e os tesouros que buscamos.
Cura-nos da superficialidade e da alegria interesseira.
Cristo, Pão da Vida, em doação redentora,
alimenta-nos o amor por Deus, nosso Pai,
e ajuda-nos a carregar a nossa cruz de cada dia
e a sermos cireneus dos mais frágeis da nossa sociedade.
Purifica-nos e ajuda-nos a louvar-Vos com um coração puro.



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