quinta-feira, julho 24, 2014

 

5ª feira da 16ª semana do Tempo Comum


Abandonaram-Me a Mim, fonte de água viva, e cavaram cisternas rotas. (cf. Jer 2,1-3.7-8.12-13)

Deus fixa o enlevo da sua memória na fidelidade.
Lembra-se do amor jovem do povo durante o êxodo.
Foi um tempo de namoro que se desvaneceu,
quando o deserto deu lugar à Terra Prometida.
O povo instalou-se no comodismo e imitou os cegos,
abandonando o Deus vivo, fonte de água viva e libertação,
cavou cisternas rotas, cheias de suor e vazias de esperança.

A humanidade sentou-se no trono do comodismo
e do comando à distância, que o faz sentir rei e senhor.
Abandonou a sua condição de peregrino, em busca da Fonte,
e congelou a alegria de viver, o amor e a justiça fraterna.
A conta bancária é uma cisterna rota que não poupa,
a avareza é uma represa que apodrece a solidariedade,
o diálogo é um cano furado pela mentira e a infidelidade,
as idolatrias são miragens que iludem quem vagueia perdido.

Senhor, Fonte da vida e do amor para sempre,
cura o nosso coração vadio e cheio de arritmias.
Cristo, proposta em parábolas que nos desperta para a verdade,
envia-nos o Teu Espírito de discernimento e de luz,
para que aprendamos a fidelidade na prosperidade e na adversidade.
Dá-nos a sabedoria que vence a ilusão da vitória fácil,
do enriquecimento sem esforço, da salvação sem conversão,

da felicidade sem amor, da justiça sem verdade. 

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