quinta-feira, julho 31, 2014

 

5ª feira da 17ª semana do Tempo Comum – S. Inácio


Como o barro nas mãos do oleiro, assim estais vós na minha mão, ó casa de Israel. (cf. Jer 18,1-6)

Deus é um oleiro a refazer obras de arte,
desfiguradas pela teimosia da dureza do coração
e a cegueira da obstinação do pecado e da ilusão.
O Criador projetou filhos alegres e fraternos,
semelhantes ao Pai na beleza produtiva
e na ternura de relações irradiantes de felicidades,
mas foram surgindo pequenos monstros,
agressivos e egoístas, predadores de ventre disforme,
que semeiam o medo, a destruição e o desequilíbrio.
Mas o Senhor não desiste de recriar este barro disforme,
só espera que nos deixemos remodelar pela misericórdia.

A conversão, como qualquer processo de mudança, é difícil.
Supõe alterar formas de viver, rotinas aprendidas,
critérios de valor, hábitos de dependência, mundividências.
Supõe acreditar no Deus dos impossíveis
que é capaz e quer recria-nos homem novo,
moldando-nos como a Inácio de Loiola, sensual e militar,
num santo e missionário, audaz e espiritualmente clarividente.

Senhor, oleiro incansável a recriar e a retocar a criação,
dá-nos um coração dócil e confiante na Tua graça.
Cristo, Homem novo e restaurador dos cacos da humanidade,
eis-nos aqui Senhor, faz de nós a obra nova que quiseres.
Espírito de santidade, a inspirar conversão e docilidade,
dá-nos um coração inteligente, forte e humilde,
para recorrermos com mais frequência e confiança

à olaria dos sacramentos e à escola da Palavra de Deus. 

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